" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Greve de estudantes da USP começa nesta quarta-feira


ocupação USP estudante
Tem início nesta quarta-feira (9) a greve geral dos estudantes da USP (Universidade de São Paulo). A decisão foi tomada após uma votação acirrada, realizada em assembleia, na noite desta terça-feira (8), pelos estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas). O grupo é contra a presença da Polícia Militar na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo.
Cerca de mil pessoas participaram da reunião. A votação teve de ser repetida mais de cinco vezes devido à dificuldade para contabilizar a proposta vencedora. Aos gritos de "fora PM", os universitários que decidiram pela greve venceram os que queriam que a paralisação fosse definida em uma nova assembleia.
A greve é uma forma de protesto à detenção de cerca de 70 estudantes que ocupavam a reitoria da universidade. Eles foram liberados durante a madrugada desta quarta-feira (9), após pagamento de fiança.
Para o estudante de letras Pedro Ribeiro, de 25 anos, o próximo passo do movimento estudantil da USP deveria ser uma greve contra o reitor João Grandino Rodas.
- O que aconteceu foi uma brutalidade, e se a gente não der uma resposta à altura, isso vai se repetir.
O aluno de história Vinicius Moraes da Cunha, de 21 anos, ressalta a importância de os estudantes se unirem para garantir que os alunos presos não sejam punidos.
- As pessoas que estavam na reitoria cobriram seus rostos, não porque elas se identificam com o taleban, mas porque existe política de perseguir aqueles que se mobilizam.
Além disso, os universitários discutiam como auxiliar os cerca de 70 presos para que eles não sejam punidos por terem ocupado a reitoria. O grupo foi indiciado por danos ao patrimônio público e desobediência policial, mas vai responder em liberdade.
Reintegração
Por volta das 5h20 desta terça, a Polícia Militar, em cumprimento de ordem judicial de reintegração de posse, começou a retirar os estudantes do prédio. Cerca de 70 pessoas foram detidas, a maior parte por se recusar a sair do imóvel. O acampamento era uma forma de protesto contra a presença da PM na universidade.
Duas viaturas foram apedrejadas no início da reintegração de posse. Cerca de 400 homens da polícia participaram da ação.

Cenário de caos
Depois de retirar os alunos por ordem da Justiça de dentro do prédio da reitoria da USP, zona oeste de SP, a polícia encontrou um cenário de destruição e caos,também entrou no local e encontrou cadeiras reviradas, colchões e barracas espalhados, paredes pichadas com frases contra a polícia militar, além de sujeira, restos de comida e garrafas de bebidas alcoólicas.
A polícia achou ainda sete bombas caseiras, chamadas de coquetel molotov, além de fogos sinalizadores em uma sala. O prédio, que estava ocupado por estudantes desde a quarta-feira (2), foi liberado por volta das 7h20. Por conta do confronto, três policiais militares ficaram feridos e cinco viaturas foram danificadas pelos estudantes da USP, segundo a PM. Ainda de acordo com Rodrigues, esses alunos estão sendo identificados por meio de imagens e fotografias.

Entenda o caso
A ocupação foi feita por um grupo de alunos, por volta da 0h30 de quarta-feira (2), após assembleia que determinou o fim da ocupação do prédio administrativo da FFLCH (Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas), que era ocupado em protesto contra a prisão de três alunos que foram pegos com maconha no campus.

As principais reivindicações dos manifestantes que invadiram a reitoria são a suspensão do contrato entre a universidade e a SSP (Secretaria de Segurança Pública) - que aumentou o efetivo da Polícia Militar no campus - e a anulação dos processos administrativos que alunos e funcionários sofrem desde outros protestos.

Um comentário:

  1. Sinceramente, essa manifestação está uma bagunça.
    A PM, tem que ficar na USP sim, esses alunos estão fazendo muita bagunça sem necessidade... Fico imaginando, se o presente do Brasil não está nada bom, são esses alunos que serão o futuro do nosso país?
    Já vi que a situação vai ser muito pior, do que dos dias de hoje.

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