Embora
o governador Eduardo Campos tenha agido com rigor, afastando
sumariamente todo o comando do Instituto de Recursos Humanos (IRH) e do
Sassepe, o fundo previdenciário, conforme este blog antecipou ontem, o
Governo foi tímido ou cauteloso nas explicações. O que pude apurar é que
foram constatados aumentos abusivos nos convênios celebrados entre o
Estado e hospitais particulares.
Isso
sugere superfaturamento e, portanto, desvios de recursos. Numa aliança
ampla, como a que se observa em Pernambuco, os cargos viram objeto de
loteamento político. Ao PP, coube a indicação do IRH e do Sassepe.
Aliás, o PP já estava com o controle dos dois órgãos desde o primeiro
mandato de Eduardo, mas nas mãos de Ana Cavalcanti, uma figura correta e
íntegra, que não mistura o seu dinheiro com o público.
Deslocada
para a pasta de Esportes, Ana foi substituída por Joaquim Felipe,
apadrinhado do deputado Eduardo da Fonte, o manda-chuva da legenda. Ele
jura de pés juntos que não houve superfaturamento de contratos com
hospitais conveniados e que não há, portanto, irregularidades na gestão
do IRH. Ora, se não há por que o governador afastou toda a diretoria?
Por
que a diretora do Sassepe também caiu? Diante disso, o Governo tem que
agir rápido, para mostrar que aqui, como apregoa o governador, existe
transparência. E seriedade na gestão da coisa pública. Mais do que isso,
que não compactua com malfeitorias.
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