A secretaria de Segurança Pública do Rio vai entregar nesta sexta-feira (11) à presidência do Tribunal de Justiça o pedido de transferência do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, oNem, para um presídio federal fora do Rio de Janeiro. O bandido foi preso na quinta-feira (10) por policiais do Batalhão de Choque, durante cerco à favela da Rocinha, na zona sul.
Forças de segurança devem ocupar a comunidade até domingo (13) para a implantação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), segundo informou o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).
O pedido de transferência abrange outros quatro presos na mesma operação, que também devem ser encaminhados para penitenciárias federais. No documento, para justificar a medida, a Secretaria de Segurança Pública informa o grau de periculosidade dos traficantes e a ficha criminal de cada um deles.
Os cinco traficantes citados no pedido da Secretaria de Segurança Pública estão, desde o início da tarde de quinta-feira, no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste da capital.
Sem direito a banho de sol
Na penitenciária de Bangu 1, Nem não terá direito a banhos de sol e ficará sem receber visitas. Segundo a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), ele está preso em uma cela individual. O isolamento do traficante faz parte de um procedimento padrão adotado sempre que um novo criminoso ingressa no sistema prisional fluminense.
Beltrame: "ainda há muito a ser feito"
O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, classificou a prisão do traficante Nem como um grande passo no combate ao crime organizado, mas ressaltou que ainda há muito o que fazer.
- Nós demos um passo importante, mas ainda há muito a ser feito. Prender pessoas, apreender armas, drogas e munição é importante, mas precisamos acabar com o território, o porto seguro do comando paralelo. Essa é a grande vitória porque a simples ameaça da perda de território onde o tráfico dominava vulnerabilizou essas pessoas. Eles saíram do seu reduto e foram presos. A quebra desse paradigma é o nosso grande trunfo.
Para Beltrame, a captura do chefe da venda de drogas na Rocinha aconteceu graças à integração entre as polícias Militar, Civil e Federal e os setores de inteligência dessas instituições. Quanto ao processo de pacificação da comunidade em São Conrado, que estaria previsto para começar neste domingo, o secretário preferiu não confirmar a data.
- A Rocinha será ocupada, terá uma força policial. O dia que isso vai acontecer ainda depende de uma análise dos resultados já obtidos.
Essas ocupaçoes dao resultado. Nao ha o que se falar nesse sentido.
ResponderExcluirObviamente um problema de décadas nao vai ser resolvido de uma hora pra outra. O caminho ao menos foi acertado.
Cabral esta fazendo o que ninguem fez ate hoje que é ocupar com força policial e de forma permanente. Antes ficavam governadores e secretários batendo cabeça.
Prisao do Nem só vem a a ser mais uma que deve ser elogiada, assim como a UPP da Rocinha.
A maior favela do Rio será ocupada. A mais perigosa, que era o compelxo, tambem foi ocupada. Cabral está é bem demais.