" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Assassinato de juíza foi comemorada com churrasco por PMs, diz primo da vítima


O assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, morta na última quinta-feira em Piratininga, região oceânica de Niterói (RJ), teria sido comemorado por policiais com um churrasco em São Gonçalo. A afirmação foi feita por Humberto Nascimento, primo da magistrada, durante protesto realizado no início da tarde desta segunda-feira por amigos e parentes da vítima em frente à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
Humberto ainda criticou a postura do governo do Rio, que descartou a colaboração do Polícia Federal (PF) no caso. "Isso é uma decisão do governador, não podemos fazer nada a respeito. Queríamos a presença da PF pelo menos como observadora. Qualquer ajuda é bem-vinda. Se o governador decidiu assim, ele terá que dar uma resposta rápida", afirmou. Cerca de 50 pessoas se amordaçaram em frente à 4ª Vara Criminal com panos pretos e jogaram rosas com uma faixa com os dizeres: "Quem silenciou a voz da Justiça?"
Uma cruz que foi retirada neste domingo da Praia de Icaraí, zona sul de Niterói, vai ser recolocada no mesmo lugar, a pedido da população do município, que cobra uma solução para o caso. O Disque-Denúncia recebeu 72 ligações sobre o asassinato da juíza até a manhã de hoje. Segundo nota divulgada pelo serviço, todas as informações estão sendo encaminhadas diretamente para a Delegacia de Homicídios da capital, que investiga o crime. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.
Juíza linha dura
Segundo o primo da juíza, ela tinha o perfil "linha dura". "Ela era considerada 'martelo pesado', sempre com condenações em pena máxima. Ela condenou gente ligada à máfia do óleo, máfia das vans, milícia de São Gonçalo e policiais envolvidos com desvio, corrupção e tráfico de drogas. Há cerca de quatro anos, ela teve a segurança retirada por ordem do presidente do Tribunal de Justiça do Rio da época", afirmou Nascimento.

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