Depois de retirar os alunos por ordem da Justiça de dentro do prédio da reitoria da USP (Universidade de São Paulo), zona oeste de SP, a polícia encontrou um cenário de destruição e caos no local na manhã desta terça-feira (8).
Foi encontrado cadeiras reviradas, colchões e barracas espalhados, paredes pichadas com frases contra a polícia militar, além de sujeira, restos de comida, garrafas de bebidas alcoólicas. PM encontrou também sete bombas caseiras, chamadas de coquetel molotov, além de fogos sinalizadores em uma sala. O prédio, que estava ocupado por estudantes desde a quarta-feira (2), foi liberado por volta das 7h20.
De acordo com a coronel Maria Aparecida Carvalho Yamamoto, responsável pela área de comunicação da PM, os imóvel foi bastante danificado.
- O prédio está bastante pichado, com muitos móveis quebrados, caixas eletrônicos e computadores danificados.
De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, os prejuízos estavam sendo contabilizados pela Polícia Científica, por volta das 11h50. Membros da reitoria e do jurídico da USP faziam parte da vistoria da polícia. O balanço final com os danos ao prédio deve ser divulgado no final desta tarde.
O diretor do Sintusp (sindicato dos funcionários da USP), Marcelo Pablito, “muitas coisas podem ter sido feitas pela PM”. Ele também criticou não haver nenhum aluno ou funcionário, membros da comissão de negociação na vistoria.
- Isso mostra que eles mais uma vez que eles querem reprimir e punir os estudantes. Não tinha nada depredado.
Segundo Pablito, nesta segunda-feira (7), uma comissão de mães de alunos passou pela reitoria e verificou que não havia nada quebrado. Mas, segundo ele, cometeu o “erro de não filmar”.
Reintegração de posse
Foi encontrado cadeiras reviradas, colchões e barracas espalhados, paredes pichadas com frases contra a polícia militar, além de sujeira, restos de comida, garrafas de bebidas alcoólicas. PM encontrou também sete bombas caseiras, chamadas de coquetel molotov, além de fogos sinalizadores em uma sala. O prédio, que estava ocupado por estudantes desde a quarta-feira (2), foi liberado por volta das 7h20.
De acordo com a coronel Maria Aparecida Carvalho Yamamoto, responsável pela área de comunicação da PM, os imóvel foi bastante danificado.
- O prédio está bastante pichado, com muitos móveis quebrados, caixas eletrônicos e computadores danificados.
De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, os prejuízos estavam sendo contabilizados pela Polícia Científica, por volta das 11h50. Membros da reitoria e do jurídico da USP faziam parte da vistoria da polícia. O balanço final com os danos ao prédio deve ser divulgado no final desta tarde.
O diretor do Sintusp (sindicato dos funcionários da USP), Marcelo Pablito, “muitas coisas podem ter sido feitas pela PM”. Ele também criticou não haver nenhum aluno ou funcionário, membros da comissão de negociação na vistoria.
- Isso mostra que eles mais uma vez que eles querem reprimir e punir os estudantes. Não tinha nada depredado.
Segundo Pablito, nesta segunda-feira (7), uma comissão de mães de alunos passou pela reitoria e verificou que não havia nada quebrado. Mas, segundo ele, cometeu o “erro de não filmar”.
Reintegração de posse
A ação de reintegração de posse, autorizada pela Justiça, foi iniciada por volta das 5h20 no campus na zona oeste de São Paulo. No total, 70 alunos foram detidos, a maior parte por se recusar a sair do imóvel. O acampamento era uma forma de protesto contra a presença da PM na área da universidade.
Todos os detidos - 24 mulheres e 46 homens - foram levados para o 91º Distrito Policial em dois ônibus. Antes, eles passaram por uma revista, na qual, segundo a polícia, não foram encontradas armas nem drogas. Duas viaturas foram apedrejadas no início da reintegração de posse. Cerca de 400 homens da polícia participaram da ação.
Após o esvaziamento do prédio, a perícia deve vistoriar o local. A polícia deve continuar no campus para garantir que não haverá novas invasões.
Protesto
Após a desocupação da reitoria da USP (Universidade de São Paulo), por volta das 11h, um grupo de aproximadamente 250 estudantes se reuniu em uma rua próxima ao prédio administrativo da faculdade para protestar, nesta terça-feira (8). Eles gritavam frases como “Fora PM” e “Libertem nossos presos”, fazendo referência à libertação dos 70 alunos que estão detidos no 91º DP (Distrito Policial).
Policiais da Tropa de Choque fizeram um bloqueio para evitar a chegada dos estudantes ao prédio. Até por volta das 10h30, a manifestação era pacífica e os estudantes apenas gritavam palavras de ordem. Três alunos se posicionaram a cerca de 30 centímetros do cordão de isolamento da Tropa de Choque como forma pacífica e provocativa de proteção.
Pouco tempo depois, outro grupo de estudantes engrossou o protesto. Houve uma pequena discussão com os jornalistas, mas ninguém se feriu. Com bateria e cartazes, eles continuavam gritando palavras de ordem. O pequeno grupo de estudantes tentou distribuir flores aos policiais da Tropa de Choque, mas eles não se manifestaram.
Agressão
Policiais da Tropa de Choque fizeram um bloqueio para evitar a chegada dos estudantes ao prédio. Até por volta das 10h30, a manifestação era pacífica e os estudantes apenas gritavam palavras de ordem. Três alunos se posicionaram a cerca de 30 centímetros do cordão de isolamento da Tropa de Choque como forma pacífica e provocativa de proteção.
Pouco tempo depois, outro grupo de estudantes engrossou o protesto. Houve uma pequena discussão com os jornalistas, mas ninguém se feriu. Com bateria e cartazes, eles continuavam gritando palavras de ordem. O pequeno grupo de estudantes tentou distribuir flores aos policiais da Tropa de Choque, mas eles não se manifestaram.
Agressão
Durante a madrugada, alguns dos estudantes agrediram os profissionais da imprensa que acompanhavam a invasão do prédio. Uma pedra foi arremessada contra a câmera do cinegrafista Marcos Vinícius, do SBT, e atingiu de raspão a cabeça de Fábio Fernandes, cinegrafista da TV Record. Ainda no empurra-empurra, o cinegrafista Alexandre Borba, também da TV Record, teve a alça da câmera puxada, causando a queda do equipamento.
O fotógrafo Cristiano Novaes, da agência CPN, foi agredido a chutes e teve a máquina tomada pelos invasores, que resolveram devolvê-la posteriormente ao repórter fotográfico. A confusão teve início durante uma discussão entre os jornalistas e os invasores do prédio.
O fotógrafo Cristiano Novaes, da agência CPN, foi agredido a chutes e teve a máquina tomada pelos invasores, que resolveram devolvê-la posteriormente ao repórter fotográfico. A confusão teve início durante uma discussão entre os jornalistas e os invasores do prédio.
Assim que a poeira abaixou um pouco, um dos estudantes, que se identificou como Eduardo, disse que repudiava a atitude dos agressores e que aquilo não representava o posicionamento do movimento em relação à imprensa.
Em nota divulgada no início desta madrugada, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) afirmou que "a presença da PM não garante a segurança na universidade".
No comunicado, o DCE também afirma que "Não é de hoje que temos propostas para um outro plano de segurança dos campi da USP: aumento da circulação de pessoas e integração da universidade com a sociedade (contra a "catracalização"), maior iluminação, aumento dos ônibus circulares, uma Guarda Universitária preventiva, gerenciada pela comunidade, com treinamento voltado para os Direitos Humanos e aumento do seu efetivo, principalmente feminino".
Em nota divulgada no início desta madrugada, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) afirmou que "a presença da PM não garante a segurança na universidade".
No comunicado, o DCE também afirma que "Não é de hoje que temos propostas para um outro plano de segurança dos campi da USP: aumento da circulação de pessoas e integração da universidade com a sociedade (contra a "catracalização"), maior iluminação, aumento dos ônibus circulares, uma Guarda Universitária preventiva, gerenciada pela comunidade, com treinamento voltado para os Direitos Humanos e aumento do seu efetivo, principalmente feminino".
Uma nova manifestação foi marcada para as 12h desta terça-feira, na frente do prédio da reitoria.
Entenda o caso
Entenda o caso
A ocupação foi feita por um grupo de alunos, por volta da 0h30 de quarta-feira (2), após assembleia que determinou o fim da ocupação do prédio administrativo da FFLCH (Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas), que era ocupado em protesto contra a prisão de três alunos que foram pegos com maconha no campus.
As principais reivindicações dos manifestantes que invadiram a reitoria são a suspensão do contrato entre a universidade e a SSP (Secretaria de Segurança Pública) - que aumentou o efetivo da Polícia Militar no campus - e a anulação dos processos administrativos que alunos e funcionários sofrem desde outros protestos.
As principais reivindicações dos manifestantes que invadiram a reitoria são a suspensão do contrato entre a universidade e a SSP (Secretaria de Segurança Pública) - que aumentou o efetivo da Polícia Militar no campus - e a anulação dos processos administrativos que alunos e funcionários sofrem desde outros protestos.
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