A primeira noite após a ocupação da Rocinha, do Vidigal e da Chacara do Céu, na zona sul do Rio, ocorreu sem incidentes. Não houve registro de tumultos.
Com um base montada ao lado da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, continuam nesta segunda-feira (14) com o trabalho de varredura pela favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Vidigal e Chácara do Céu, comunidades vizinhas, também serão alvo do trabalho dos PMs.
Os policiais continuarão com as vistorias em casas, vielas e na mata no entorno das comunidades por mais uma semana. O objetivo é encontrar armas, drogas e traficantes. A comunidade da Rocinha tem aproximadamente 70 mil habitantes e a do Vidigal tem 20 mil. O trabalho de varredura não tem dia previsto para terminar.
Serviços
Os serviços começaram a ser retomados na favela. Por volta das 06h, caminhões de lixo faziam a coleta. Ainda era possível ver muitos detritos espalhados pelas ruas.
A operação de ocupação da Rocinha e do Vidigal começou às 2h30 do último domingo (13). As vias no entorno das duas comunidades foram fechadas ao trânsito e policiais do Bope e Batalhão de Choque se posicionaram nos principais acessos. Às 4h10, 400 agentes entraram nas favelas. Os policiais subiram a Rocinha com o apoio de sete blindados da Marinha, caveirões e helicópteros.
Na noite de domingo, o saldo da operação eram quatro prisões, 15 fuzis apreendidos, além de 20 pistolas, uma submetralhadora, duas espingardas, 20 rojões, três granadas, aproximadamente 16 mil munições para diversos calibres, sete lunetas, 158 carregadores de armas e fuzis.
Foram apreendidos ainda 112 kg de maconha, 80 tabletes e 145 trouxinhas da mesma droga, 60 kg de pasta base de cocaína e 14 tabletes de cocaína refinada. Durante o dia a polícia encontrou as casas do ex-chefe do tráfico Antônio Bonfim Lopez, o Nem, preso na madrugada da última quinta-feira (9) e de seu comparsa Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe. As duas casas tinham piscinas, churrasqueiras com vista privilegiada da comunidade e da cidade.
Um dos presos no domingo é suspeito de ser tesoureiro de Nem.Aureliano de Oliveira Neto chegou a tentar subornar os policiais oferecendo R$ 3.000, mas foi encaminhado para a 14ª delegacia de polícia (Leblon). Na casa dele os agentes encontraram vários objetos de valor no interior da residência, como televisores LCD, ar condicionado e computador, além de celulares com mensagens de pedidos de entrega de drogas.
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