Por Cláudio Santos
O ritmo intenso do governador Eduardo Campos (PSB) nas agendas no Interior do Estado tem uma razão. O socialista tem como meta visitar todos os 184 municípios pernambucanos até março do próximo ano, quando poderá se desincompatibilizar do cargo para enfrentar uma nova eleição. O objetivo é ir a cada cidade para entregar obras e assinar ordens de serviço para a viabilização de um novo equipamento público. Nas palavras de um interlocutor do Palácio do Campo das Princesas, Eduardo quer deixar o Estado “organizado” para o próximo ano. Por isso, as andanças devem se intensificar.
Em um mês, o governador Eduardo Campos visitou 21 municípios nas Zonas da Mata Norte e Sul, no Agreste e nos sertões do Araripe, do Pajeú, do São Francisco e do Moxotó, além dos compromissos no Recife e Região Metropolitana. O município de Água Preta também estaria no roteiro de Eduardo nesse período, mas o socialista cancelou o ato de última hora em virtude do falecimento de um amigo. No início do mês de julho, Eduardo também visitou sete cidades pernambucanas.
Além das visitas, o governador também tem o interesse em acelerar a entrega de obras estaduais. Na semana passada, em Carpina, Eduardo chegou a dizer no seu discurso que tem pressa em adiantar as inaugurações. “Vamos concluir a UpaE de Carpina até 2014 (a previsão era 2015). A obra vai ser antecipada, eu tenho pressa e vocês sabem porque”, declarou o socialista. Horas antes dessa declaração, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, chegou a dizer que o correligionário quer adiantar as ações para em março deixar o Governo para enfrentar desafios maiores. A informação foi dada no município de Aliança, onde o governador anunciou a implantação do Distrito Industrial.
Apesar de o governador Eduardo Campos não falar publicamente sobre a eleição de 2014, nos bastidores já é dada como certa a saída do socialista do Governo no próximo ano. Mesmo que não dispute a Presidência da República, está nos planos do governador a eleição para o Senado. Por isso, Eduardo já trabalha com o mês de março para repassar o cargo para o vice-governador João Lyra Neto (PDT) ou até mesmo para o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT). João Lyra quer disputar a sucessão, mas ainda não tem a garantia de que será o indicado.