" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sexta-feira, 12 de julho de 2013

Parlamentares discordam do plebiscito de Dilma


Deputados avaliaram que plebiscito seria uma questão equivocada (Foto: Jorge Farias/Folha de Pernambuco)

Por Claudio Santos
 
Apesar de configurarem em campos opostos, os deputados federais Sílvio Costa (PTB) e Augusto Coutinho (DEM) discordam da proposta da presidente Dilma Rousseff (PT) da realização do plebiscito com o fim de pavimenta uma Reforma Política no País. O tema foi sugerido pela petista como uma resposta às manifestações que tomaram conta do Brasil, mesmo sem ter sido essa, especificamente, uma demanda apresentada pelas pessoas que foram às ruas. As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.
Para Augusto Coutinho, as respostas dadas pela presidente mostraram que Dilma ficou atordoada. “Primeiro, veio com a saída da constituinte específica, um erro grave. Depois, ela veio com a questão do plebiscito, que eu acho que é uma questão equivocada para se implementar em 2014”, afirmou.
O democrata acredita que este é um assunto que precisa ser bastante discutido. “É um assunto que é importante discutir muito, mas não se pode fazer de uma forma equivocada em 30 dias para fazer um plebiscito e se colocar para votar para a eleição de 2014. Pode sair muito pior do que está hoje”, ponderou.
Já o deputado Sílvio Costa defendeu, a princípio, que não é preciso se fazer uma Reforma Política. “Nós precisamos reformar parte da classe política”, afirmou. Ele acha importante que se façam as reformas trabalhista e da Previdência.
Em relação ao plebiscito, o petebista considerou como um erro da presidente Dilma Rousseff para “desviar a conversa”. Ao ser questionado se a presidente deu um tiro no próprio pé e se o Congresso ainda aprova o plebiscito para este ano, Sílvio Costa afirmou que o propósito da presidente foi desviar o assunto. “Ela sabia que o Congresso jamais ia aprovar um plebiscito. Plebiscito não passa. Eu acho que ela fez política”, garantiu o parlamentar.
Para ele, os 584 parlamentares do Congresso, cada um, têm a sua reforma. E que essa consulta não está na agenda do povo. “A agenda das pessoas é outra, é mais educação, mais saúde, mais emprego, mais segurança, não é a Reforma Política. Dilma fez política”, avaliou.
O petebista não acredita que a petista dobrou a opinião pública. Mas, ele alertou que a presidente precisa melhorar a interlocução com o Congresso Nacional.

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