Ao defender o Programa Mais Médicos, Dilma fez um balanço da situação da saúde no país. Lembrou que o Brasil tem uma cobertura de 1,8 médico por mil habitantes, bem menor que a da Argentina, de 3,2, e a do Uruguai, de 3,7 médicos por mil habitantes. “Nós temos um problema de acesso ao médico, daí porque o governo federal decidiu fazer o Programa Mais Médicos, em consonância com o pleito dos prefeitos”, justificou a presidente.
Ela reconheceu a falta de médicos em várias especialidades como, por exemplo, a pediatria, e a má distribuição de leitos no Sistema Único de Saúde. Segundo Dilma, 700 municípios não têm nenhum médico e 1,9 mil tem menos de um profissional por 3 mil habitantes. “Há uma concentração de médicos nas zonas urbanas das capitais. Não há médicos nas periferias das grandes cidades brasileiras, não há médicos na mesma proporção no interior, no Norte, no Nordeste e em algumas regiões do país, não há médicos”, disse.
Além de aumentar o número de médicos, a presidente garantiu que o governo vai investir na formação acadêmica e também na expansão e reforma de equipamentos de saúde. “Nós precisamos de ações emergenciais e ações estruturantes. A ação estruturante vai ser nossa disposição de aumentar a formação de médicos brasileiros no país, aumentaremos 11 mil vagas na graduação e 12 mil vagas na residência”, acrescentou.