" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Agreste: MP investiga fantasmas na prefeituradeGaranhuns




Pedro Romero
Do Jornal do Commercio
O Ministério Público de Pernambuco está investigando denúncias que apontam para a existência de funcionários fantasmas na Prefeitura de Garanhuns, no Agreste do Estado. De acordo com as informações que chegaram ao promotor Alexandre Bezerra, servidores que já não trabalham mais para o governo municipal aparecem no quadro ativo de funcionários. Outros, não comparecem ao local de trabalho.
Segundo o promotor Alexandre Bezerra, as investigações começaram há cerca de seis meses, quando ele recebeu reclamações de pessoas que não trabalhavam mais para a prefeitura, mas mesmo assim seus nomes constavam em listas de pagamentos de salários. A Secretaria de Saúde é o principal alvo das investigações.
"A maioria dos casos são de agentes de endemias. Eles são contratados pelo município e subsidiados pelo governo federal. Um dos agentes disse que já tinha saído do serviço há anos, mas mesmo assim seu nome constava como contrato ativo", detalhou o promotor. Segundo ele, pelo menos 30 casos estão sendo investigados.
No momento, o promotor Alexandre Bezerra está comparando as denúncias recebidas com dados de outros órgãos, como o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e o Ministério da Saúde.
Depois dos cruzamento dessas informações, outras medidas poderão ser tomadas. "Se houver prejuízo para a União, já que envolve o Ministério da Saúde, vou passar o caso para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal", informou o promotor.
A denúncia foi divulgada, inicialmente, em reportagem exibida esta semana pela TV Jornal Caruaru.
CASOS APURADOS
Um dos casos denunciados ao Ministério Público é o de Kátia Lopes da Costa, que trabalhou como merendeira em uma escola do município do Agreste Meridional em 2008. Ela descobriu que mesmo depois de ter sido demitida continuava com vínculo com a prefeitura, embora não receba salário. "No INSS consta que eu estou contribuindo para a prefeitura, mesmo sem eu estar trabalhando", diz Kátia Lopes.
Outro caso é o de Genilson Campos Noberto. Ele conta que já trabalhou para o município, mas foi demitido há cerca de quatro anos. Ainda assim, de acordo com o Ministério da Saúde, seu nome está com vínculo empregatício com a prefeitura. "Fiquei até preocupado com isso, de não estar recebendo dinheiro e o meu nome constar na lista de funcionários", afirmou Genilson cobrando explicações. Como o Ministério Público entrou de recesso, o trabalho do promotor vai continuar no começo de julho.
Em nota oficial, a Prefeitura de Garanhuns informou que foram tomadas todas as providências no tocante à apuração das denúncias.
"Inclusive com a realização de uma análise de dados referente a todos os servidores municipais, buscando apurar as denúncias em informações prestadas à Previdência Social, ao Ministério da Saúde, bem como da localização de servidores comissionados, completa a nota da prefeitura.


Pedro Romero
Do Jornal do Commercio

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