O Brasil registrou 34.212 novos casos de Aids em 2010, uma pequena queda em relação ao ano anterior, quando foram registrados 35.979 novos casos da doença no Brasil. Os dados são do último balanço sobre a epidemia divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde sobre o ano de 2010.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Brasil segue a tendência de estabilidade seguida de redução de novos casos da doença.
- Estamos tendo uma tendência de redução de número de casos e grande redução de transmissão de gestante para o bebê. Mas ainda temos dois dados preocupantes, que é o aumento dos casos entre jovens mulheres e aumento de novos casos entre jovens gays e travestis.
Em 2010, a incidência da doença só foi maior entre as mulheres na faixa etária dos 13 aos 19 anos. De acordo com o ministério, para esta faixa etária a incidência da doença é de 2,9 para 100 mil habitantes entre as mulheres e de 2,5 para 100 mil habitantes entre os homens. Em todas as outras faixas etárias a doença afeta mais os homens.
- Esses dados reforçam uma avaliação que o Ministério da Saúde tem que há uma geração jovem no país que não viveu a luta contra a Aids há vinte anos atrás. Por isso precisamos ter uma estratégia de comunicação de mudança de atitude e entender os meios em que eles se comunicam para fazer ações diretas para falar com esses jovens.
Segundo o ministério, o crescimento dos casos notificados de Aids entre gays (homens que fazem sexo com homens) passou de 25.2% em 1990 para 46,4% em 2010. A prevalência da doença entre os jovens gays (de 18 a 24 anos) é de 4,3%, ou seja, a incidência da Aids entre jovens gays é 13 vezes maior do que entre jovens em geral.
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