O secretário de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse nesta segunda-feira (21) que a multa para a empresa norte-americana Chevron, apontada como responsável pelo vazamento de óleo na bacia de Campos, pode ultrapassar os R$ 110 milhões. De acordo com Minc, o valor muda por causa da correção da inflação e com o acréscimo de outras irregularidades da empresa, que o secretário não especificou. O óleo vaza do fundo do oceano desde o dia 10.
- O valor estipulado na lei federal são R$ 50 milhões, mas este valor já está defasado, e, se corrigido pela inflação, pode chegar a R$ 116 milhões. Se incluirmos outros artigos no inquérito que corre por crime ambiental e dar uma multa estadual e outra federal, certamente podemos pedir mais que isso. Queremos estabelecer condições mais rigorosas para que as empresas atuem no Brasil. Este acidente era completamente evitável.
Para Minc, o acidente poderia ter sido evitado, já que houve falhas no estudo de geologia marinha e outros erros por parte da empresa Transocean, responsável pelo vazamento no golfo do México, no ano passado.
Minc disse que as explicações dadas pela Chevron não convenceram e que a petroleira falhou ao não informar a extensão correta do vazamento. O secretário lembrou que a empresa levou mais de cinco dias tentando esconder o problema enquanto encontrava um meio de cessar o vazamento. - É certo que a Chevron subestimou e informou de forma incorreta os dados do acidente e durante dez dias não deu uma resposta adequada ao vazamento. Houve crime ambiental e temos de mandar uma mensagem para o mundo, não é normal vazar 25 mil barris de óleo e danificar a biodiversidade. Há uma fissura de 300 m, houve imperícia e descumprimento dos condicionantes ambientais das licenças concedidas. Ela não poderá mais atuar no Estado e vamos pedir para que o Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais] que faça o mesmo nacionalmente.
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