Artigo especial: Ultrapassou o ridículo

Por Cláudio Santos A fracassada CPI do Cachoeira estava beirando o ridículo, mas agora o ultrapassou. Algum irresponsável, certamente o senador Álvaro Dias, apresentará requerimento, convocando o ex-presidente Lula para depor sobre um suposto encontro que Lula teria tido no escritório de Nelson Jobim, com o ministro do STF Gilmar Mendes. Nesse encontro, Lula teria proposto uma barganha indecente. Gilmar Mendes adiava o julgamento do mensalão e o PT blindava o ministro na CPI do Cachoeira. Esta história não foi inventada por Mino Pedrosa, o porta voz de Cachoeira, mas por uma revista que tem uma história e milhões de leitores, a Veja, que, na sua fúria anti-Lula, faz jornalismo marrom de última categoria. Inicialmente, Gilmar Mendes confirmou o encontro e o pedido no Estadão e envolveu o ex-ministro Sepúlveda Pertence. Agora, a conversa de Gilmar afinou. O primeiro a desmentir Mendes foi o ex-ministro Nelson Jobim, que afirmou nunca ter havido essa conversa no seu gabinete e que a Veja estava mentindo. Hoje, o ex-ministro Sepúlveda Pertence declarou estar revoltado pelo fato de Gilmar Mendes ter inventado uma história de uma conversa dele com Lula. Quando Álvaro Dias apresentar seu inócuo requerimento de convocação de Lula, terá a cara em todas as TVs do Brasil. Em seguida o presidente da CPI arquivará o pedido, porque a lei que criou a CPI manda investigar as safadezas de Carlinhos Cachoeiras e de todos os citados nas gravações autorizadas pela justiça e realizadas pelas Justiça Federal. Não existe nenhuma referência ao nome de Lula, para desespero da Veja e de Álvaro Dias. Maurilio Figueira de Ferreira Lima é ex-deputado Magno Martins