Por Cláudio Santos
Foi contra os Estados Unidos que Mano Menezes estreou na seleção
brasileira, em 2010, com uma bela vitória. E foi contra os Estados
Unidos que o técnico teve a certeza de que a preparação para a Olimpíada
de Londres vai bem, obrigado. O Brasil venceu nesta quarta-feira os
norte-americanos por 4 a 1, em Washington, com um futebol envolvente da
garotada comandada pelo técnico gaúcho.
Mano já colocou na cabeça
que seu time tem de jogar sempre como no primeiro tempo da partida
contra a Dinamarca, quando a Seleção dominou o adversário principalmente
porque o marcou em seu campo de defesa. A receita do treinador foi
repetida ontem e mais uma vez funcionou no primeiro tempo, embora de uma
maneira um pouco menos exuberante.
No sábado, a Seleção se deu
muito bem porque várias vezes roubou a bola perto do gol dinamarquês,
pegando os europeus de calças curtas. E foi assim que o Brasil abriu o
placar no Fedex Field. Oscar roubou a bola de um norte-americano e deu o
passe para Leandro Damião, que mandou o chute para o gol. No caminho, a
bola encontrou o braço de Onyewu e o árbitro Jeffrey Calderón marcou
pênalti, muito bem cobrado por Neymar.
O craque santista, como de
hábito, era o centro das atenções, aquele que arrancava mais suspiros de
admiração do público norte-americano. Mas o dono do jogo era Oscar.
Certamente aliviado por finalmente ter sido comprado pelo Internacional,
o meia ditava o ritmo da partida. E fazia seus companheiros jogar. Como
no lance em que deu um passe precioso que deixou Damião em condições
ideais para marcar o segundo gol, o que só não aconteceu porque o
centroavante não foi capaz de superar o bom goleiro Tim Howard.
Sem
ser incomodado na defesa, o Brasil continuava pressionando os rivais e
obtendo escanteios. Em um deles, a cobrança de Neymar encontrou Thiago
Silva livre na área e o zagueiro do Milan marcou de cabeça.
O
primeiro tempo só não foi o ideal para a Seleção porque um cochilo da
defesa no finzinho terminou em gol de Gomez. Mas não foi nada que
ameaçasse a superioridade do Brasil, que marcou o terceiro gol pouco
depois de começada a segunda etapa. Marcelo iniciou e terminou uma
jogada que teve como ótimos coadjuvantes Hulk e Neymar.
Com o
passar dos minutos, o time brasileiro foi relaxando na defesa e o jogo
virou um toma-lá-dá-cá danado. Primeiro Dempsey só não marcou para os
Estados Unidos porque Rômulo tirou-lhe o doce da boca e depois Alexandre
Pato, que havia acabado de entrar no jogo, finalizou na trave uma
jogada muito bem tramada entre Oscar e Neymar.
Essa correria toda
permitiu ao estreante Rafael mostrar suas credenciais. Na mesma jogada
ele fez duas defesas dificílimas em chutes de Gomez e Boyd e mostrou
para Mano que tem bola para ser titular em Londres. A poucos minutos do
fim, após suportar uma enorme pressão norte-americana, Alexandre Pato
deixou seu gol. Uma ótima maneira de encerrar uma noite muito feliz para
Mano Menezes e sua turma.
ESTADOS UNIDOS 1 X 4 BRASIL
ESTADOS
UNIDOS - Howard; Cherundolo (Parkhurst), Bocanegra, Onyewu, Fabian
Johnson (Castillo); Bradley, Jermaine Jones (Beckerman) e Mo Edu
(Terrence Boyd); José Torres (Dempsey), Donovan e Herculez Gomez.
Técnico: Jurgen Klinsmann.
BRASIL - Rafael; Danilo, Thiago Silva,
Juan e Marcelo (Alex Sandro); Sandro, Rômulo e Oscar (Giuliano); Neymar
(Lucas), Hulk (Casemiro) e Leandro Damião (Alexandre Pato). Técnico:
Mano Menezes.
GOLS - Neymar, aos 11, Thiago Silva, aos 25, e
Gomez, aos 44 minutos do primeiro tempo. Marcelo, aos 6, e Alexandre
Pato, aos 42 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - José Torres, Oscar, Jermaine Jones, Marcelo.
ÁRBITRO - Jeffrey Calderón (Costa Rica-Fifa).
PÚBLICO - 67.619 pagantes.
LOCAL - FedEx Field, em Washington (Estados Unido)
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