Por cláudio Santos
No Brasil, infelizmente, ainda se leva pouco a sério previsões baseadas em estudos técnicos. Há cerca de 30 anos o então professor da UFRPE, João Vasconcelos Sobrinho, um dos mais famosos ecólogos do Brasil, falou pela primeira vez na possibilidade de o Nordeste virar um grande deserto. Sua tese foi recebida com indiferença ou coisa de intelectual que não tinha o que fazer. Hoje, quem vai ao Agreste/Sertão de Pernambuco chega à dolorosa conclusão de que o professor tinha razão.
O Nordeste está caminhando, sim, para se transformar num grande deserto. A maioria dos seus rios foi barrada para a construção de barragens e de rios mesmo têm apenas o nome. O Pajeú, por exemplo, que nasce no município de Santa Terezinha e despeja no São Francisco à altura do município de Floresta, já pode ser considerado um ex-rio. Deixou de correr há muitos anos e o seu leito seco é apenas uma lembrança na memória dos que tiveram o privilégio de vê-lo cheio décadas atrás.
Agora, aparece outro pesquisador com uma tese polêmica que nem por isso deve deixar de ser encarada com seriedade. Trata-se do professor da Univasf José Alves Siqueira, contratado pela União para fazer o inventário da fauna e da flora das margens do rio São Francisco. Ele diz que o rio está morrendo, que seus bancos de areia são cada vez maiores e que ele praticamente não tem mais peixe devido às barragens de Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó. Quem irá dar-lhe ouvido?
Inaldom sampaio
No Brasil, infelizmente, ainda se leva pouco a sério previsões baseadas em estudos técnicos. Há cerca de 30 anos o então professor da UFRPE, João Vasconcelos Sobrinho, um dos mais famosos ecólogos do Brasil, falou pela primeira vez na possibilidade de o Nordeste virar um grande deserto. Sua tese foi recebida com indiferença ou coisa de intelectual que não tinha o que fazer. Hoje, quem vai ao Agreste/Sertão de Pernambuco chega à dolorosa conclusão de que o professor tinha razão.
O Nordeste está caminhando, sim, para se transformar num grande deserto. A maioria dos seus rios foi barrada para a construção de barragens e de rios mesmo têm apenas o nome. O Pajeú, por exemplo, que nasce no município de Santa Terezinha e despeja no São Francisco à altura do município de Floresta, já pode ser considerado um ex-rio. Deixou de correr há muitos anos e o seu leito seco é apenas uma lembrança na memória dos que tiveram o privilégio de vê-lo cheio décadas atrás.
Agora, aparece outro pesquisador com uma tese polêmica que nem por isso deve deixar de ser encarada com seriedade. Trata-se do professor da Univasf José Alves Siqueira, contratado pela União para fazer o inventário da fauna e da flora das margens do rio São Francisco. Ele diz que o rio está morrendo, que seus bancos de areia são cada vez maiores e que ele praticamente não tem mais peixe devido às barragens de Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó. Quem irá dar-lhe ouvido?
Inaldom sampaio
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