" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CNBB quer integrar Comissão da Verdade


A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) pretende participar dos trabalhos da Comissão da Verdade se for chamada, informou dom Leonardo Steiner, secretário-geral da entidade, a Folha.com. "A CNBB não está reivindicando, mas, se for convocada para elucidar o passado, o fará", disse o secretário-geral na tarde desta quinta-feira.
"Foi um passado injusto? Vamos olhá-lo. Foi um passado que não condisse com aquilo que se esperava da parte do Estado, dos que estavam à frente do Estado? É preciso dizer. Não no sentido de revanche, mas é preciso realmente deixar que o passado seja iluminado pela verdade". Dom Leonardo defendeu que o projeto que cria a Comissão da Verdade indique critérios para a nomeação de integrantes da comissão.
Reunidos esta semana, os bispos do Conselho Episcopal Pastoral da entidade aprovaram uma nota em que apoiam o movimento popular que tomou a Esplanada dos Ministérios no 7 de setembro. Paralelamente ao desfile militar, em que estavam a presidente Dilma Rousseff e vários ministros, milhares de pessoas carregaram faixas para protestar contra a corrupção de uma forma geral.
Na nota, os bispos manifestam solidariedade aos protestos "contra a corrupção e a impunidade, que corroem as instituições do Estado brasileiro". Segundo dom Leonardo, a nota é uma tentativa de reforçar os protestos demonstrativos de que a sociedade está atenta. "Com esses movimentos de rua, percebemos que existe hoje uma preocupação bastante grande. Talvez em nenhum momento tenhamos tido uma dificuldade tão grande com a questão da corrupção", afirmou.
Steiner voltou a defender a concretização de uma reforma política de peso como forma de eliminar "essa sensação de corrupção e impunidade". "A pergunta que eu me faço como cidadão é se o Congresso Nacional é legítimo para fazer essa reforma política ou se deveríamos ter uma Constituinte para fazer essa reforma política tão necessária", concluiu ele.

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