Está muito mais esgarçada do que aparenta a relação entre a FIFA e o governo, informa Lauro Jardim,
na sua coluna da Folha de S.Paulo. No início do mês, conta ele, Joseph
Blatter enviou para Dilma Rousseff uma carta em que reclamava da
morosidade das obras da Copa e com a demora de o governo enviar para o
Congresso a Lei Geral da Copa(LGC). O
Planalto considerou a cobrança “fora de padrão” — é exatamente esse o
eufemismo usado, de forma irônica, claro. Dias depois, o governo mandou
para a Câmara a LGC. Mas o clima esquentou ainda mais.
A
FIFA considerou inaceitável o projeto. Feriria o que foi acordado
quando o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa e lhe traria
prejuízos comerciais enormes. Meia entrada para estudantes e descontos
para maiores de 65 anos no preço dos ingressos são um dos motivos da
briga. Só que a própria Dilma diz que “não há a menor possibilidade de
restringir direitos existentes no Brasil”.
Essa
briga promete ir longe. A FIFA para pressionar o governo ameaça até com
um plano B, que retiraria a Copa do Brasil. Sabendo disso, os EUA já se
movimentam. Nos bastidores os dois lados falam tudo uns dos outros —
menos palavras de elogios.
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