PSD a janela do oportunismo

Enfim, o PSD – Partido Social Democrático - conseguiu o registro oficial no Tribunal Superior Eleitoral depois de sucessivas tentativas frustradas de impedimento na justiça movidas por legendas incomodadas. Recriado por uma articulação direta do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD já foi uma das grandes agremiações partidárias no passado. Mas, diferentemente de hoje, quando renasce para abrigar oportunistas e oposicionistas de mentirinha, tanto no plano federal quanto no estadual, o velho PSD impunha respeito. Existiu na era no bipartidarismo dos anos 50 para enfrentar a UDN. Em Pernambuco, o responsável pela sua fundação entrou para a história como um dos maiores políticos e governadores do Estado. Refiro-me a Agamenon Magalhães, estadista, ícone da ética, da moralidade e do zelo com a coisa pública. O PSD do passado era a escola do pessedismo, sinônimo de sabedoria política, cuja maior marca foi difundir entre os seus fiéis discípulos a enorme capacidade de ouvir, dialogar e buscar o consenso com a única finalidade de concretizar políticas públicas em favor da coletividade. Mas, hoje não. O PSD que o TSE deu o seu aval é a janela que se abriu num tempo em que não há respeito pela fidelidade partidária não apenas para os oportunistas, mas aos que, desesperados, tentam, a todo custo, salvar os seus mandatos. Que não têm espírito público e enxergam, infelizmente, a política apenas como um verdadeiro balcão de negócios. Magno Martins