O
adiamento da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre o
registro do PSD aumentou a pressão de prefeitos e vereadores em cima dos
idealizadores do partido. Como buscarão novos mandatos em 2012, são
eles os maiores prejudicados se a nova legenda não conseguir o registro
até o dia 7, segundo informações do R7. O TSE deve retomar o debate
amanhã, mas a possibilidade de novos adiamentos tem provocado
instabilidade na base do partido idealizado pelo prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab.
O
senador Sérgio Petecão (AC) definiu o trabalho como de "apagar
incêndio". Oposição ao governo do PT no Estado, ele conseguiu a adesão
de três deputados estaduais e diversos vereadores, mas a insegurança
sobre 2012 pode provocar baixas. “Estamos numa ansiedade grande. Estou
apagando incêndio, tentando acalmar todo mundo”. O deputado Júlio César,
que está deixando o DEM para comandar o PSD no Piauí, confirma a
apreensão dos prefeitos e vereadores. “Eles procuram a gente toda hora”.
Segundo
ele, 18 prefeitos e 200 vereadores do Piauí estão a caminho do PSD, mas
continuam em seus partidos como "plano B". O deputado José Carlos
Araújo (BA) faz relato semelhante. “Tem um bocado de prefeito e vereador
preocupado. Os mais ligados a nós vão esperar até o fim do mês, mas tem
gente apreensiva”.
No
DEM, sigla que mais sofreu com a criação do PSD, a aposta é que a nova
legenda está fora das próximas eleições. No partido, já se discute o que
fazer com quem anunciou a saída e recuar. O presidente do DEM, José
Agripino (RN), avisa que a análise será feita caso a caso. “O problema é
dos que saíram, não nosso”.
Magno Martins
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