" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Último clássico do ano e sempre promessa de emoção



Já são cinco anos que Sport e Náutico fazem o último clássico pernambucano 
da temporada. A dupla iniciou essa tradição em 2006, quando ambos estavam 
na Série B e a competição foi disputada pela primeira vez no atual
 modelo de pontos corridos. Curiosamente, este último Clássico dos 
Clássicos sempre é disputado na reta final dos campeonatos - seja primeira 
ou segunda divisão -, o que dá ao confronto já renhido por natureza, um caráter 
ainda mais decisivo.

O primeiro capítulo da saga começou no dia 21 de outubro de 2006, pela 31ª 

rodada, na Ilha do Retiro. E a situação era boa para os dois times. Na época, 
ambos estavam no G4. O Náutico vinha de um empate com o Paulista em casa
(3x3) e uma derrota para o América-RN (3x1) fora.
Esses dois jogos custaram a perda da vice-liderança justamente para o secular 
rival. O Sport empatou com o CRB fora e venceu o Vila Nova na Ilha. Chegou
 ao segundo lugar com 51 pontos deixando os alvirrubros logo em seguida, com 
49. A torcida, e parte da diretoria, passaram a ver com desconfiança o técnico
Paulo Campos, que diga-se de passagem já não era uma unanimidade
 por conta dos resultados do time fora de casa.

Pouco mais de uma hora antes do apito inicial vazava a notícia de que
 se o Náutico perdesse, o comandante estava fora. Em campo, o Sport jogou 
de forma mais consistente e venceu por 2x0, com Fumagalli anotando 
os dois gols. Promessa cumprida. Paulo Campos recebeu o bilhete azul para
 tristeza dos jogadores. Foi o jogo de número 500 entre os dois clubes.

Uma demissão que se mostraria injusta, pois o novo comandante, Hélio dos 
Anjos, pouco mexeu na equipe, que, diga-se de passagem, já estava com 
a classificação bem encaminhada. Ao final da Série B, os dois times subiriam,
 ambos com 64 pontos. O Sport ficou em segundo pelo saldo de gols.

O ano seguinte marcou a volta de dois clubes pernambucanos à Primeira 
divisão desde 2001. O início de ambos foi ruim. O Sport, que perdera o técnico 
Alexandre Gallo pouco antes da estreia, contratou Giba para o seu lugar 
mas ele não conseguiu repetir a campanha arrasadora do Estadual. O Náutico 
foi ainda pior e antes mesmo da metade da competição já era dado por muita
 gente como rebaixado.

Mas as coisas mudaram para os dois lados com as chegadas de Geninho
 (Sport) e Roberto Fernandes (Náutico). A reação dos alvirrubros foi ainda 
mais brilhante, com uma campanha no segundo turno digna de render 
vaga no G4. Porém, como a desfasagem era enorme somente na metade 
final viria o alívio. Na virada do turno, o time vermelho e branco era o 18º 
colocado, com 20 pontos. O Sport tinha sete pontos a mais e estava em
 11º lugar.

O jogo valia a luta por uma vaga na Copa Sul-Americana para os leoninos e
 a saída da zona de degola para os timbus. A data, 23 de setembro, pela 27ª
rodada. Pela segunda vez um jogo emblemático. Com uma grande 
atuação do lateral-esquerdo Júlio César (hoje no Grêmio), autor dos gols,
 o Náutico venceu por 2x0 e saiu da área de rebaixamento. No final, a diferença
 entre os dois times foi de apenas dois pontos pró-Sport, 14º colocado. O 
Aristocrático ficou um degrau abaixo.

O Brasileirão de 2008 começou com um desafio para o Sport. Campeão da
 Copa do Brasil, não haveria meio-termo, já que qualquer posição entre o
 segundo e o 16º lugares daria no mesmo. O time já estava classificado para
 a Libertadores e só jogaria para ser campeão ou não cair para a Segundona.
 Para o Náutico, o desafio era não sofrer como no ano anterior.

Desta vez, o resultado não determinou futuro para nenhum dos dois times,
 embora o Náutico viesse novamente brigando contra a degola. Eles se 
enfrentaram no dia 19 de outubro, pela 30ª rodada. O palco, desta vez,
 foi a Ilha do Retiro. Gols, jogadas um pouco mais viris que o recomendável
 e expulsões deram o tom do empate por 2x2. O Náutico abriu o placar com 
Gilmar e o Sport empatou com Durval já nos acréscimos do primeiro tempo.

Aos dois do segundo, Roger pôs os donos da casa na frente e depois foi 
expulso. Num contra-ataque, Felipe deixou tudo igual aos 14. O resultado
 manteve o Náutico fora da zona de rebaixamento, em 15º e o Sport em 11º.
 O time alvirrubro terminaria em 16º, apenas uma posição antes da queda. 
O Sport tornaria cativo o 11º posto.

QUEDA - Em 2009, os dois times caíram juntos e um Clássico dos
 Clássicos voltou a ser decisivo. Depois de uma boa campanha na
Copa Libertadores, o Sport iniciou queda livre no Brasileirão. O Náutico
 começou arrasador com o mesmo Waldemar Lemos de hoje e chegou]
a ocupar a vice-liderança nas primeiras rodadas.

Com a saída do técnico, o time tomou o rumo da queda para não
 mais sair. Porém, antes disso empurrou o rival para a humilhante 
lanterna, onde praticamente ficou carimbado o passaporte para a Série B.
 O jogo começou eletrizante, já que os dois times precisavam
 desesperadamente da vitória. O Náutico abriu o placar logo aos
 quatro minutos, com Bruno Mineiro, hoje no Sport.

Apenas três minutos depois, Vandinho deixou tudo igual. Ainda
 no primeiro tempo, o onipresente nos times de Pernambuco, Carlinhos
 Bala, pôs o timbu à frente. Wilson voltaria a empatar o jogo aos 16 
minutos. Mas a alegria durou pouco, pois Irênio chutou de fora da 
área, a bola quicou no gramado e enganou Magrão.

O jogo valeu pela 33ª rodada e, ao final da partida, um emocionado
 Maurício Cardoso, então presidente alvirrubro, entrou no gramado para
 abraçar os jogadores. Já o mandatário rubro-negro, Sílvio Guimarães,
 admitia o inevitável: não havia mais chance de escapar do rebaixamento.
 No fim, o Sport ficou em último lugar, com míseros 31 pontos. Os alvirrubros 
ficaram com o penúltimo lugar, com 38.

Ambos voltaram juntos à Série B em 2010 e viviam situações opostas quando 
se enfrentaram no dia 23 de outubro, pela 31ª rodada. O Sport começou muito 
mal e passou várias rodadas na zona de rebaixamento à Série C. A partir das
 chegadas do técnico Geninho e do meia Marcelinho Paraíba o time reagiu.
 Já o Náutico começou muito bem e caiu à medida que a competição avançou. 
Problemas extra-campo, sendo o maior deles falta de pagamento pareciam 
condenar o time ao pior.

Mas, como acontece em clássicos, os jogadores tiram forças de onde 
aparentemente não existe. A partida foi equilibrada do primeiro ao último
tempo. Aos 12, Marcelinho Paraíba desperdiçou uma cobrança de pênalti.
 Mas aos 26 se redimiu ao mandar a bola na cabeça de Romerito, que 
empatou. No início desse jogo, o zagueiro rubro-negro César sofreu
uma ruptura no ligamento cruzado do joelho direito.

O destino dos dois seria continuarem juntos. O Sport bateu à porta do 
G4 até a penúltima rodada. O Náutico conseguiu escapar da Série C
 apenas na 36ª, quando venceu o Brasiliense por 1x0, fora de casa.

Fonte: Blog do Torcedor.

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