" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lula faz exames para avaliar impacto da quimioterapia


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acordou bem na manhã desta terça-feira (1º) e realizava, perto das 11 horas, exames para avaliar os primeiros impactos da sessão de quimioterapia a que foi submetido na tarde de ontem no tratamento contra o câncer na laringe. A informação é de integrantes da equipe médica que atende o ex-presidente. 
Lula deve deixar o Hospital Sírio-Libanês no início da tarde. Um novo boletim médico sobre o estado de saúde dele é aguardado para hoje. Há a expectativa, ainda, de que o ex-presidente receba a visita do ministro da Educação, Fernando Haddad.
Internado na última segunda-feira (31), o ex-presidente começou a receber o coquetel de medicamentos, que é injetado por meio de um cateter, um cano de aproximadamente 10 mm de diâmetro. Lula deixa o hospital com uma bomba de infusão, uma espécie de bolsa presa à cintura, por onde receberá mais medicação direto na corrente sanguínea por 120 horas, de acordo com explicação da equipe médica em entrevista ontem.
Os médicos disseram ainda, a partir do resultado da biópsia, que o tumor de Lula é de grau de agressividade média, está localizado e ele tem "muito boa" chance de cura.
Até janeiro, o ex-presidente será submetido à quimioterapia, depois passará pela radioterapia. Ele deve sofrer efeitos colaterais comuns, como perda de cabelo.
O câncer de Lula atinge, em média, seis ou sete homens para cada 100 mil ao ano no mundo. Em São Paulo, a incidência é muito maior: 16 casos para cada 100 mil, de acordo com o cirurgião especialista em cabeça e pescoço Luiz Paulo Kowalski. A doença tem diversas causas, mas as mais comuns são o tabagismo e o consumo de álcool.
Ontem, o ex-presidente recebeu a visita da presidente Dilma Rousseff. Na saída do hospital, ela conversou com a imprensa e falou que ficou “contente” ao ver a disposição do ex-presidente apesar do tratamento. Ela também tranquilizou os “brasileiros que torcem” pela recuperação de Lula.
- Saio muito contente porque achei ele muito bem. Muito disposto com aquela imensa energia que o presidente Lula tem. Quero aproveitar a oportunidade e dizer para o povo brasileiro que torce por ele, que pode ter certeza que ele é um guerreiro e vai sair mais deste desafio inteiro, feliz, e que ele ainda vai dar muitas contribuições ao nosso país.

A presidente ainda relembrou sua batalha pessoal. Dilma teve um linfoma em 2009 quando ainda era ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República. Apesar de já ter superado a mesma doença, ela contou que não conseguiu dar muitas “dicas” para Lula, que estava interessado em outros assuntos.

- Eu sofri muito na quimioterapia. Uma coisa chata mesmo. Agora o presidente tem uma capacidade de superar desafios muito grande. A gente conversou sobre muita coisa. Eu dei poucas dicas [sobre o tratamento], porque o presidente Lula estava bem mais interessado em discutir o G20, por exemplo. Muito mais interessado em discutir a crise enfrentada pelos países da zona do euro
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