As unidades do Rio de Janeiro e do Espírito Santo da Advocacia Geral da
União (AGU) conseguiram recuperar, neste ano, mais de R$ 70 milhões em
ouro, dólares e leilões de imóveis da fraudadora do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) Jorgina de Freitas. O esquema de corrupção
ocorreu em 1990.
Segundo nota da AGU, a dívida aproximada da quadrilha de Jorgina é de
R$ 2 bilhões. Em setembro passado, os procuradores passaram para a
União a administração de 44 imóveis sequestrados do advogado Ilson
Escóssia, qualificado como o "maior advogado fraudador do INSS".
De acordo com o procurador Regional Federal na 2ª Região, Marcos da
Silva Couto, os imóveis foram locados para que o dinheiro seja devolvido
para os órgãos lesados pela quadrilha.
- Nós cuidamos da locação desses imóveis e todo valor arrecadado,
seja com a locação ou venda vai para o órgão que sofreu com a fraude.
Só de Escóssia foram recuperados cerca de R$ 35 milhões, com o leilão
de 36 outros imóveis e de 522 kg de ouro. Segundo a AGU,ainda existem
cerca de 300 imóveis da quadrilha a serem apregoados, que dependem de
avaliação do Tribunal de Justiça do Rio.
Pena
A ex-advogada Jorgina de Freitas foi considerada a mentora e
responsável por um rombo de R$ 310 milhões do INSS quando era
procuradora do órgão no início dos anos 1990. Ela ficou 13 anos presa.
Em 12 de junho de 2010, ela deixou o presídio Nelson Hungria, no
Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.
A ex-advogada foi presa em 1997, ao ser extraditada da Costa Rica, para onde fugiu. Jorgina havia sido condenada em 1992.
Desde 2007 a fraudadora vivia em regime semi-aberto, trabalhando e
dormindo na unidade prisional. Quando esteve detida no presídio feminino
Talavera Bruce, Jorgina coordenou o concurso Miss Presidiária.
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