Fumaças de escândalo

Por Cláudio Santos As prévias para escolha do candidato do PT a prefeito do Recife passam a ter um elemento escandaloso: como do dia para a noite o colégio eleitoral sai de uma cifra estimada antes em 10 mil para 26 mil filiados? Que interesses motivaram os inadimplentes ou, digamos, velhacos do partido? Quem pagou a conta? O PT informa que mais de 16 mil filiados que estavam com suas contribuições atrasadas saíram de suas casas para irem ao banco quitar o débito. Um gerente de banco, conforme noticiou a Folha de Pernambuco, confirmou que uma pessoa tumultuou a rotina da sua agência ao fazer 500 depósitos no valor de R$ 17. Só isso seria suficiente para contrariar a versão oficial do PT. Por que o valor de R$ 17? Se o filiado estava sem recolher a contribuição há um ano também ficou regularizado pagando esse mesmo valor? Com base na taxa dos R$ 17, em uma semana entrou nos cofres do PT do Recife algo em torno de R$ 300 mil. De onde saiu tanta grana? O próprio militante tirou do seu bolso para ter o direito de participar da prévia? Claro que não! No PT, ninguém explica. Creio que só uma auditoria requerida ao diretório municipal seria capaz de desvendar igual mistério. Até o mais notório leigo em política sabe que o aumento desse colégio eleitoral só interesse a um único candidato – o Mauricinho Rands.