" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ministério Público denuncia 12 pessoas por morte de adolescente no Hopi Hari

hopi hari






















Por Cláudio Santos O promotor Rogério Sanches Cunha denunciou, nesta quarta-feira (9), 12 pessoas pelo homicídio culposo da adolescente Gabriela Nichimura. A garota de 14 anos morreu no dia 24 de fevereiro deste ano ao cair do brinquedo La Tour Eiffel no parque Hopi Hari, em Vinhedo, interior de São Paulo.
Cunha optou por não denunciar duas pessoas que tinham sido indiciadas pelo delegado Álvaro Santucci em 17 de abril, mas adicionou outras três pessoas que, para ele, também contribuíram para a morte da adolescente. Constavam do inquérito e não foram denunciados o vice-presidente do parque, Claudio Luis Pinheiro Guimarães - que para Cunha tinha funções meramente comerciais -, e o técnico em eletricidade Rodolfo Rocha de Aguiar Santos - que para o promotor não estava envolvido na operação do brinquedo.
Foram adicionados na denúncia os nomes dos gerentes de manutenção Fábio Ferreira da Silva e Flávio da Silva Pereira e da operadora de brinquedo Amanda Cristina Amador.
Foram denunciados ainda o presidente do parque, Armando Pereira Filho, o gerente-geral de manutenção, Stefan Fridolin Banholzer, os atendentes de operação Vitor Igor Spinocci de Oliveira, Marcos Antonio Tomaz Leal e Edson da Silva, o supervisor de operações Lucas Martins Figueiredo, os técnicos de manutenção Juliano Ambrósio e Adriano César de Souza e o sênior mecânico Luiz Carlos Pereira de Souza.
Por entender que houve negligencia dos funcionários do parque no cumprimento de suas profissões, o promotor pede que a pena de homicídio culposo seja aumentada em um terço.
— Houve erros desde a implantação do brinquedo, falha na não colocação do cinto que foi recomendado pela fabricante, falha dos mecânicos, que na manutenção esqueceram de travar o colete, e dos operadores, que perceberam o colete destravado, mas mesmo assim deixaram a jovem sentar na cadeira sabidamente perigosa.
De acordo com investigação policial, Gabriela caiu de uma cadeira que estava interditada havia mais de dez anos. Assim mesmo, uma sucessão de falhas de funcionários possibilitou que ela sentasse nessa cadeira.
“Não se tomou o cuidado de colocar sequer um aviso, atitude normal e esperada daquele que, de qualquer forma, assume a responsabilidade de cuidar da segurança e da saúde dos visitantes/consumidores do parque que dirigem”, afirma a denúncia.
A pena para o homicídio culposo varia de um a três anos de reclusão, além do aumento de um terço pedido pelo promotor. A denúncia agora será analisada pelo juiz Fábio Holanda. Caso ele aceite a peça da Promotoria, os suspeitos se tornarão réus no processo.

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