" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sábado, 10 de novembro de 2012

Com 200 mortes em pouco mais de um mês, SP vive fim de ano em insegurança


Por Cláudio Santos

Já passa de 200 o número de mortes na capital desde o dia 1º de outubro.  Esta semana, entre a noite de quinta-feira (8) e a madrugada de sexta-feira (9), São Paulo viveu a noite mais violenta desde o início desta nova onda de ataques. Ao todo, 22 pessoas foram baleadas em um período de cerca de cinco horas, dessas, 15 morreram e outras nove ficaram feridas.
Na noite da última sexta-feira, surgiram novos boatos sobre um possível toque de recolher, desta vez em Cidade Dutra, zona sul da cidade. Nada foi comprovado, mas uma escola da região cancelou uma atividade que aconteceria à noite, embora tenha confirmado que as aulas não foram suspensas. A escola é próxima do local onde um ônibus foi incendiado na noite da última quinta-feira (8).
Especialistas afirmam que existe um sentimento de insegurança que envolve a cidade. Apesar do problema não ser novo, o cientista criminal Luis Flávio Gomes acredita que com os ataques em São Paulo, a situação é mais grave.
— A gente sente que o Estado não está conseguindo conter a criminalidade.


O ex-secretário nacional de segurança pública, e atual professor do Centro de Autos Estudos de Segurança da PM, José Vicente da Silva, concorda que as pessoas estão se sentindo mais inseguras. Mas coloca parte da culpa pelo clima de medo na imprensa, e não nos homicídios que estão ocorrendo.
— A sensação de insegurança não tem uma vinculação tão direta e clara com a incidência criminal, mas sim pela maneira como a mídia coloca isso.  
Para ele, o que ocorre é um bombardeio sistemático de informações sobre os fatos, e a forma como são veiculados os casos pode intimidar a população.
Insegurança regional
Para a coordenadora do Núcleo de Análise de Dados do Instituto Sou da Paz, Ligia Rechenberg, a sensação de insegurança é regionalizada.
— Quem vive na periferia está mais preocupado devido a uma atuação mais enérgica da policia por causa dos boatos de toque de recolher.

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