Por Cláudio Santos
A
publicação do estatuto da Aliança Renovadora Nacional (Arena)
surpreendeu muitos leitores do Diário Oficial da União nesta terça-feira
(13) e chamou a atenção para a iniciativa de um grupo de 144 pessoas,
de 15 estados diferentes, mobilizadas para criar um novo partido
político que resgate o nome, a sigla e os ideais do antigo, que deu
apoio político ao regime militar entre 1966 e 1979.
A divulgação do
documento, assinado pela estudante de Direito da Universidade de Caxias
do Sul (RS) Cibele Bumbel Baginski, de 23 anos, presidente provisória da
nova Arena, é o primeiro movimento formal para a criação do novo
partido, informou a Agência Estado. Nos próximos meses o grupo de
fundadores espera obter as 491 mil assinaturas necessárias de eleitores
de pelo menos nove estados para receber o registro partidário no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Pelo estatuto, a
Arena "possui como ideologia o conservadorismo, nacionalismo e
tecno-progressismo, tendo para todos os efeitos a posição de direita no
espectro político" e atribui a um "conselho ideológico" o poder de
aprovar as correntes e tendências que venham a se formar internamente.
Também proclama que vai lutar "contra a comunização da sociedade e dos
meios de produção" e proíbe coligações com siglas que defendam o
comunismo ou tenham vertentes marxistas.
Entre as propostos
do novo partido estão a privatização do sistema penitenciário, abolição
de qualquer sistema de cotas, aprovação da maioridade penal aos 16
anos, retorno das disciplinas de moral e cívica e latim ao currículo
escolar, retomada do controle de estatais fundamentais à proteção da
nação e reaparelhamento das forças armadas.
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