" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Internacional:Bombardeio israelense mata 2 palestinos na Faixa de Gaza




Por Cláudio Santos

Dois palestinos morreram em um bombardeio israelense contra o norte da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (16), durante a visita do primeiro-ministro do Egiyo, Hisham Qandil, segundo fontes médicas palestinas.
De acordo com fontes palestinas, os aviões israelenses bombardearam um grupo de habitantes na área de Nazila, norte da Faixa de Gaza.
Um porta-voz do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu havia acusado pouco antes o Hamas, que governa Gaza, de não respeitar uma trégua provisória anunciada por Israel durante a visita do chefe de Governo egípcio.

"O Hamas não respeita a visita do primeiro-ministro egípcio a Gaza e viola a trégua temporária com a qual Israel concordou durante a visita", disse Ofir Gendelman, porta-voz de Netanyahu, que está em campanha eleitoral.
Israel havia anunciado que pararia os ataques enquanto Kandil estivesse no enclave, desde que os militantes do Hamas fizessem o mesmo, mas os israelenses retomaram os ataques aéreos após disparos de foguetes palestinos contra o sul do território de Israel.
Fumaça ergue-se de alvo atingido por bombardeio israelense dentro da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (16); a imagem foi feita de Israel, na fronteira (Foto: Jack Guez/AFP) 
Fumaça ergue-se de alvo atingido por bombardeio israelense dentro da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (16); a imagem foi feita de Israel, na fronteira (Foto: Jack Guez/AFP)
 
Esforços para trégua
Qandil disse que seu país vai "intensificar seus esforços" para conseguir uma trégua entre os grupos armados palestinos e o estado de Israel, após a escalada de violência nos últimos dias na Faixa de Gaza, que deixou os inimigos à beira de uma nova guerra.
Ele está em uma breve visita ao território para tentar deter a violência dos últimos dias, detonada após Israel ter matado Ahmed Jaabali, principal comandante militar do Hamas, movimento palestino que governa a região.
Desde quarta-feira, bombardeios de lado a lado mataram pelo menos 24 pessoas (8 militantes palestinos, 13 civis palestinos e 3 civis israelenses e deixaram mais de 235 palsetinos feridos, segundo fontes médicas palestinas.
O premiê egípcio qualificou de "agressão" a ocupação israelense.
"O Egito vai intensificar seus esforços para terminar essa agressão e conseguir uma trégua duradoura", disse, ao visitar um hospital de Gaza, acompanhado por Ismail Haniye, chefe de governo do Hamas.
O premiê do Egito, Hisham Kandil, à esquerda, e o líder do Hamas Ismail Haniyeh acenam nesta sexta-feira (16) na cidade de Gaza (Foto: Reuters) 
O premiê do Egito, Hisham Kandil, à esquerda, e o líder do Hamas Ismail Haniyeh acenam nesta sexta-feira (16) na cidade de Gaza (Foto: Reuters)

Ali, ele visitou vítimas dos ataques israelenses dos últimos dias.
mapa gaza 15/11 (Foto: 1)
O Egito, que atualmente tem um governo islâmico considerado ideologicamente próximo ao Hamas, já negociou tréguas anteriores entre Israel e militantes palestinos na Faixa de Gaza.
Kandil disse que o Egito, que assinou um tratado de paz com Israel em 1979, defende a criação de um Estado palestino, tendo Jerusalém como capital.
Reservistas
Na véspera, o Ministério da Defesa de Israel anunciou a convocação de 30 mil reservistas, em uma demonstração de que os ataques ao território palestino, na chamada operação "Pilar de Defesa", podem ser intensificados.
Destes, 16 mil começaram a ser mobilizados já nesta sexta, segundo uma fonte militar.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que o fato de dois foguetes disparados de Gaza terem caído, pela primeira vez, na região perto de Tel Aviv na quinta-feira, é considerado "uma escalada" no conflito.
A região foi atacada pela primeira vez desde 1991, quando a capital econômica de Israel foi atingida por mísseis Scud lançados pelo Iraque do então ditador Saddam Hussein.
A operação "Pilar de Defnsa" foi ativada na quarta-feira à tarde com o assassinato em Gaza de Ahmad Jaabari, comandante militar do grupo radical Hamas.

Os palestinos dispararam quase 300 mísseis contra Israel. Três israelenses morreram na quinta-feira quando um dos projéteis atingiu um prédio residencial no sul do país.
Ao mesmo tempo, há sinais de possíveis preparativos para um ataque terrestre.
Em ataques antes do amanhecer, aviões de guerra bombardearam áreas abertas ao longo da zona de fronteira com Israel, no que poderia ser um estágio de "amaciamento" para limpar o caminho para tanques.
Diplomacia
A União Europeia admitiu nesta sexta-feira que Israel tem o direito de defesa, mas pediu ao país uma "resposta proporcional" aos ataques dos grupos palestinos.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou estar "profundamente preocupada com a escalada da violência" e lamentou a perda de vidas nos dois lados.

O governo dos Estados Unidos pediu na quinta-feira a Egito e Turquia que utilizem sua influência com os palestinos para acabar com os disparos de foguetes a partir de Gaza, ao mesmo tempo que considerou que o Hamas deve interromper os ataques "injustificáveis".
Última guerra
A última guerra entre os dois lados, uma blitz aérea israelense que durou três semanas e uma invasão por terra durante o período de Ano Novo de 2008-2009, deixou mais de 1.400 palestinos mortos, a maioria civis, e matou 13 israelenses.
"Se o Hamas diz que compreende a mensagem e se compromete com um cessar-fogo duradouro, via os egípcios ou qualquer outra pessoa, é isso que nós queremos. Queremos tranquilidade no sul e uma forte dissuasão", disse o vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon.
"Os egípcios têm sido um canal para a passagem de mensagens. O Hamas sempre se volta para pedir um cessar-fogo. Estamos em contato com o Ministério da Defesa egípcio. E poderia ser um canal em que um cessar-fogo seja alcançado", disse à rádio israelense.
Muçulmana protesta contra as operações militares de Israel em Gaza nesta sexta-feira (16), em protesto diante da embaixada dos EUA em Kuala Lumpur, capital da Malásia (Foto: Lai Seng Sin/AP) 
Muçulmana protesta contra as operações militares de Israel em Gaza nesta sexta-feira (16), em protesto diante da embaixada dos EUA em Kuala Lumpur, capital da Malásia (Foto: Lai Seng Sin/AP)
 
Portal G1

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