O secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sergio Simões, disse na tarde deste sábado (28) que pelo menos três mortos encontrados nos escombros dos prédios que desabaram no centro do Rio vão precisar de exame de DNA para serem identificados.
Segundo a Polícia Civil, dos 17 corpos encontrados, 13 já foram reconhecidos por familiares e amigos. O IML (Instituto Médico Legal) está colhendo amostras de DNA das vítimas que ainda não foram reconhecidas.
Segundo o secretário, os trabalhos de buscas acontecem de forma minuciosa na tentativa de preservar os corpos desaparecidos.
- Alguns corpos podem ter se misturados aos destroços. Estamos vasculhando os entulhos com muito cuidado.
Além das buscas no local do acidente, os bombeiros procuram por desaparecidos nos escombros levados para o terreno da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Na tarde de sexta-feira (27), um corpo foi encontrado entre os destroços que já estavam no depósito.
Mais cedo, Simões disse que pelo menos cinco corpos ainda estariam desaparecidos entre os escombros dos três prédios que desabaram na última quarta-feira (25).
A tragédia
Três prédios (com 18, 10 e 4 andares) desabaram pouco depois das 20h de quarta-feira (25), na avenida 13 de Maio, região da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Houve pânico e correria. Seis pessoas tiveram ferimentos leves. Mais de 20 ficaram soterradas. Um posto de informações para familiares de vítimas foi montado na Câmara dos Vereadores.
As causas da tragédia estão sendo investigadas. O prefeito Eduardo Paes, assim como alguns especialistas, minimizou a possibilidade de explosão. De acordo com avaliações preliminares de técnicos que trabalham no local, as causas teriam ligação com problemas estruturais.
A prefeitura informou que os três imóveis que desabaram estavam em situação regular e possuíam habite-se (ato administrativo que autoriza o início da utilização efetiva de construções ou edificações destinadas à habitação). O prédio de número 44 foi construído em 1940 e era constituído de 18 andares de salas comerciais, além de loja e sobreloja. Os imóveis de números 38 e 40 eram de 1938 e constituídos, respectivamente, por quatro andares de salas comerciais, e por dez pavimentos de salas comerciais, além de loja e sobreloja.
Desde as 6h de quinta-feira (26), estão interditados os seguintes trechos: avenida 13 de Maio e avenida Almirante Barroso entre a avenida Rio Branco e a rua Senador Dantas. Esta última está com mão invertida entre a avenida Almirante Barroso e a rua Evaristo da Veiga. Veículos procedentes da Cruz Vermelha e da avenida República do Chile devem seguir pela rua Senador Dantas.
Equipes de diferentes órgãos, como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Comlurb etc, trabalham na remoção dos escombros.
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