" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sábado, 28 de janeiro de 2012

Escombros lançados em prédio vizinho indicam possibilidade de corpos no local


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Após vistoria da Defesa Civil do Rio de Janeiro em um edifício vizinho aos três prédios que desabaram no centro da capital na última quarta-feira (25), bombeiros realizam buscas por desaparecidos no local na tarde deste sábado (28). A informação é do subsecretário municipal, Márcio Motta. Ele constatou que escombros invadiram vãos e dutos de ventilação, o que reforça as suspeitas de que corpos estariam no prédio de número 6 da avenida Almirante Barroso.
- Há a possibilidade de corpos terem caído nestes vãos. Além disso, as escadarias dos andares 6, 7, 8 foram atingidas. Por isso, o prédio continua interditado.
Uma parte do edifício mais alto que desabou continua colada ao prédio da Almirante Barroso. Desde o início da manhã deste sábado, bombeiros vasculham os destroços em busca de corpos que estariam espremidos entre as escadas.
O subsecretário informou que a remoção dos escombros que restaram será feita manualmente e com o auxílio de máquinas de pequeno porte. O objetivo é evitar que o trabalho de máquinas maiores prejudique a estrutura do prédio comercial, que não tem previsão para ser reaberto.
Motta contou ainda que o edifício da Almirante Barroso e outras construções do entorno da tragédia não correm o risco de cair.
- As escadarias do prédios eram escoradas por estruturas metais. E esse trabalho deve ser feito ainda hoje.
O subsecretário ressaltou também que apenas o edifício número 6 da rua Almirante Barroso e os fundos do Theatro Muncipal estão interditados. Os outros edifícios da Almirante Barroso e da avenida 13 de Maio permanecem fechados, sem previsão de reabertura, para facilitar o trabalho das equipes e evitar a grande circulação de pessoas nas proximidades do local da tragédia..
Buscas até domingo
As buscas devem ser concluídas até o próximo domingo (29). A previsão é do secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sergio Simões, que voltou a descartar a chance de encontrar sobreviventes entre os escombros. O número de corpos resgatados chega já chega a 17.
Segundo estimativas do secretário, pelo menos cinco corpos ainda estariam desaparecidos. Simões disse na manhã deste sábado (28) que vai pedir à Secretaria Municipal de Assistência Social uma nova lista das vítimas que são procuradas por amigos e parentes no centro de informações montado na Câmara de Vereadores.
- Nós ainda trabalhamos com o número de cinco desaparecidos. Mas esse número pode ser alterado. Já teve caso de pessoas que procuraram por um desaparecido, mas a pessoa já apareceu.
Corpos em entulho removido
Os escombros que já foram levados para um terreno da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) na Baixada Fluminense, passarão por uma nova vistoria na tarde deste sábado. Simões não descarta a hipótese de encontrar outros corpos em meio aos destroços.
Na tarde de sexta-feira (27), terceiro de dia das buscas, bombeiros encontraram um dos 17 corpos perdido entre os escombros. De acordo com o coronel, máquinas e cães farejadores devem ajudar na procura por vítimas que possam ter sido levadas com os destroços.
- Muitos corpos ficaram mutilados. Nós encontramos um corpo facilmente confundível. Os corpos podem ter se misturado aos escombros, à lama, ao cimento. Por isso, vamos preservar os escombros para realizar as novas buscas. Cães, máquinas e homens vão vasculhar os destroços.
A tragédia
Três prédios de aproximadamente 18, 10 e 4 andares desabaram pouco depois das 20h de quarta-feira (25), na avenida 13 de Maio, região da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Houve pânico e correria. Seis pessoas tiveram ferimentos leves. Mais de 20 ficaram soterradas. Um posto de informações para familiares de vítimas foi montado na Câmara dos Vereadores.
As causas da tragédia estão sendo investigadas. O prefeito Eduardo Paes, assim como alguns especialistas, minimizou a possibilidade de explosão. De acordo com avaliações preliminares de técnicos que trabalham no local, as causas teriam ligação com problemas estruturais.
A prefeitura informou que os três imóveis que desabaram estavam em situação regular e possuíam habite-se (ato administrativo que autoriza o início da utilização efetiva de construções ou edificações destinadas à habitação). O prédio de número 44 foi construído em 1940 e era constituído de 18 andares de salas comerciais, além de loja e sobreloja. Os imóveis de números 38 e 40 eram de 1938 e constituídos, respectivamente, por quatro andares de salas comerciais, e por dez pavimentos de salas comerciais, além de loja e sobreloja.
Desde as 6h de quinta-feira (26), estão interditados os seguintes trechos: avenida 13 de Maio e avenida Almirante Barroso entre a avenida Rio Branco e a rua Senador Dantas. Esta última está com mão invertida entre a avenida Almirante Barroso e a rua Evaristo da Veiga. Veículos procedentes da Cruz Vermelha e da avenida República do Chile devem seguir pela rua Senador Dantas.
Equipes de diferentes órgãos, como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Comlurb etc, trabalham na remoção dos escombros.

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