Por Magno Martins
O
estilo é a marca consagrada do político. Dilma não é, convenhamos, uma
política na expressão literal da palavra, mas como gestora tem seu
estilo. Elogiável e invejável. Ninguém passa por cima da sua autoridade.
Não
amacia o ego de ninguém, bem diferente do seu antecessor e padrinho
Lula, que adorava passar a mão na cabeça de auxiliares, mesmo
confessadamente corruptos. Nos últimos dias dois episódios ratificaram
esse perfil ortodoxo da presidente. Primeiro, quando dobrou o
ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabriele.
Indicado
e protegido pelo ex-presidente, Gabriele só dava satisfação a Lula e
administrava os interesses na estatal do ex-ministro José Dirceu, a quem
é ligado. Dilma deu o cartão vermelho a ele sem nenhuma cerimônia.
Já
o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), chegou a
desafiar o Governo ao afirmar que o diretor-geral do Dnocs, Elias
Fernandes, indicado por ele, não seria demitido. E ameaçou com
represálias, espalhando a versão de que o PMDB iria convocar o ministro
Fernando Pimentel para explicar consultorias fantasmas de R$ 2 milhões.
Sem
pestanejar, Dilma ligou para o ministro Fernando Bezerra e mandou
demitir Fernandes. Se não o fizesses, estaria desmoralizada. É assim que
se governa, exercendo a plenitude do seu poder. Já dizia Agamenon Magalhães: ninguém governa governador.
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