" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



terça-feira, 20 de março de 2012

Teixeira renuncia na Fifa e está praticamente fora do futebol

Ricardo Teixeira, 450

Por Cláudio Santos

A renúncia de Ricardo Teixeira ao cargo de membro do Comitê Executivo da Fifa, indicado pela Conmebol, é a última demonstração no sentido de que o cartola está liquidando seus derradeiros laços com o mundo do futebol. O brasileiro fazia parte do Comitê Executivo da Fifa desde 1994. A decisão foi comunicada em carta dirigida ao presidente da Conmebol, Nicolás Leoz.

O afastamento de Teixeira do cenário esportivo começou com sua renúncia à presidência da CBF, que ocorreu no último dia 12, depois de 23 anos de gestão. Teixeira saiu em meio a uma forte campanha contra sua gestão, diversas acusações de corrupção, além de atritos com o governo federal sobre a organização da Copa. Ele também deixou o posto de presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.


A alegação para o abandono de todos os seus cargos políticos, centro acumulador de seu poder, foi sempre a mesma: motivo de saúde. Aos 64 anos, o ex-dirigente sofre com um diagnóstico de diverticulite e é frequentemente internado para tratamento e observação, devido ao seu complicado histórico cardíaco - em 2001 e em 2004 ele passou por angioplastias.

Para chegar ao ponto de pedir demissão, Ricardo Teixeira viu seu mundo desmoronar. Se antes dizia que tirou de letra a CPI do futebol, instaurada em 2000 e finalizada, sem dar em nada, em 2001, agora o peso das denúncias o abalaram.

Para ficar praticamente isolado, foi fundamental a série de reportagens apresentadas pela Rede Record sobre o cartola brasileiro, em junho do ano passado. Um mês antes, Teixeira já estava em maus lençóis com o documentário da BBC de Londres, que o acusava de ter recebido propina na Suíça.


Foi apenas a primeira denúncia. Em Brasília, deputados começaram a se movimentar para cobrar explicações sobre a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O enriquecimento do mandatário desde que assumiu a direção da CBF chamou a atenção.


A procuradoria do Rio de Janeiro abriu inquérito para apurar as denúncias de corrupção contra Ricardo Teixeira. A decisão do promotor-geral da República, Roberto Gurgel, aconteceu depois que o presidente do PRB (Partido Republicano Brasileiro), Marcos Pereira, apresentou formalmente as denúncias contra Teixeira.

O MPF (Ministério Público Federal) de São Paulo também pediu a abertura de mais uma investigação contra o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O procurador da República Marcelo Freire quis que a PF (Polícia Federal) apurasse se houve golpes "de autoria da quadrilha integrada por Teixeira, em desfavor do patrimônio da CBF"

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