Por Cláudio Santos
No último dia da reunião do Comitê Executivo da Fifa, em Zurique, na
Suíça,o presidente da entidade, Joseph Blatter, demonstrou certa
irritação com o andamento dos preparativos para a Copa de 2014, no
Brasil.
Ao contrário da última quarta-feira, quando reiterou confiança na
organização do Mundial e garantiu que o Brasil terá uma Copa
“excepcional”, Blatter mudou o tom nesta sexta-feira.
- Pelo menos votaram a Lei Geral no Congresso. A bola está com eles
agora. Queremos atos, e não mais só palavras – disse o mandatário da
Fifa, em coletiva de imprensa.
Blatter reiterou que o secretário -geral da Fifa, Jérôme Valcke, segue à
frente dos preparativos para a Copa, mesmo após a revolta do governo
brasileiro devido à polêmica declaração de que o país precisava de um
"chute no traseiro" por causa dos atrasos em obras e na aprovação da Lei
Geral. Blatter disse que esse é um assunto encerrado, já que não existe
mais nenhum tipo de mágoa do governo brasileiro. No entanto, durante a
coletiva, não deixou Valcke falar publicamente sobre a polêmica.
- Não há nenhuma mágoa nesse sentido por parte do governo, e este assunto está encerrado - decretou.
Se não falou sobre seu impasse com o governo brasileiro, Jérôme Valcke
mostrou certa preocupação em relação à rede hoteleira do Brasil. O
dirigente levantou a possibilidade de torcedores e imprensa ficarem
hospedados em cidades próximas aos locais dos jogos, em caso de falta de
hotel para todos.
Jérôme Valcke tinha viagem marcada ao Brasil no início de março, quando
estavam previstas vistorias na Arena Pernambuco, em Recife, no Estádio
nacional Mané Garrincha, em Brasília, e na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Entretanto, devido à polêmica com o governo brasileiro, ele cancelou a
visita. Blatter confirmou que o dirigente voltará ao país em breve.
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