Por Cláudio Santos
O
PT, quem diria, lidera uma frente de 18 partidos no Congresso que
resolveu derrubar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que imputou a
inelegibilidade aos políticos que tiveram contas de campanha rejeitadas
em 2010.
A
reação, além de insólita, é vergonhosa. O TSE barrou os registros de
candidatos com contas reprovadas para reforçar a Lei da Ficha Limpa. O
primeiro a recorrer foi o PT, mas partidos como o PMDB, DEM, PSDB e PP
também assinaram uma moção de apoio aos petistas e estão levando o
recurso ao TSE.
Nos
três maiores colégios eleitorais do País – São Paulo, Rio e Minas –
1.756 políticos tiveram contas rejeitadas pela justiça eleitoral em 2010
e estariam impedidos de recorrer. Na maior cara-de-pau, os dirigentes
partidários dizem que a proposta inspirada e desencadeada pelo PT não
prejudica a adoção da Ficha Limpa.
É
evidente que sim e só o PT pensa diferente, na tentativa de avacalhar a
Ficha Limpa. As notícias que chegam de Brasília, felizmente, sinalizam
que o TSE não deve ceder à pressão dos partidos, sob pena de prejudicar a
lisura do pleito. A lei da Ficha Limpa, mesmo não sendo tão rigorosa
como se previa, é um avanço. Que o PT agora quer impedir.
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