Ilustração: Paulo Caruso
ÉPOCA - Diego Escoteguy, Murilo Ramos, Marcelo Rocha, Flávia Tavares e Leandro Loyola
Por Cláudiom Santos
Distinto
público: abrem-se nesta semana as cortinas para o mais bufo dos
espetáculos políticos deste ano. A partir da sexta-feira, os
parlamentares escolherão os presidentes do Legislativo. O voto deles é
livre e secreto. Ao que tudo indica, duas estrelas da política subirão
ao palco sob unânime aplauso.
Na
Câmara, será eleito presidente o deputado Henrique Eduardo Alves, do
PMDB do Rio Grande do Norte, que há 42 anos engrandece o Parlamento
brasileiro. No
Senado, após cinco anos de ensaios forçados na coxia, voltará à
presidência da Casa Renan Calheiros, também do PMDB, este por Alagoas.
Henrique
e Renan – ou Renan e Henrique, conforme pareça melhor à plateia – têm o
mesmo estilo de atuação: gestos contidos, expressão ladina e repertório
riquíssimo.
Nos
cofres da Polícia Federal, onde se encontram vários registros do
trabalho dos dois, ÉPOCA descobriu uma pequena e inédita obra-prima,
estrelada por ambos, mas que ficara esquecida por não tão misteriosas
razões. Trechos dela também podem ser encontrados no Superior Tribunal
de Justiça.
Trata-se
da íntegra da Operação Navalha, que, em 2007, revelou ao país a
existência de um esquema comandado pelo empreiteiro Zuleido Veras, da
construtora Gautama, que pagava propina a políticos e burocratas em
troca de contratos com ministérios de Brasília e governos estaduais.
Apenas
uma minúscula fração da enorme quantidade de provas produzidas pela PF
veio a público naquele momento. Na papelada, há evidências fortes de
pagamentos de propina para Renan e Henrique. Ou Henrique e Renan.
Clique aí e leia na íntegra As acusações de pagamento de propina contra Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves
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