" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Rossine denuncia gestão criminosa em Lajedo


 
 
Por Cláudio Santos
 
O prefeito de Lajedo, Rossini Blésmany (PSD), decretou estado de emergência no município, na manhã de ontem. Ao chegar para o primeiro dia de trabalho na prefeitura, o prefeito se deparou com inúmeros problemas, a começar pelo prédio sede do Poder Executivo. Toda a fiação da central telefônica e os cabos de internet estavam cortados, o que provocou um caos no atendimento ao público. Além disso, as fechaduras das portas foram arrancadas propositadamente.
Entrevistado pela Rádio Jornal Garanhuns, hoje de manhã, Rossine definiu como “criminosa” a gestão que concluiu o mandato em Lajedo em dezembro passado. Quatro anos atrás, o prefeito eleito foi Antônio João Dourado (PSB), que renunciou o mandato depois de transferir seu domicílio eleitoral para cá. Quem terminou o governo foi Juvenal Inácio.
Além das deficiências estruturais, a nova gestão encontrou débitos com fornecedores, salários atrasados e pendências com o INSS. “Não sabemos ainda o tamanho do rombo. O que era de informação e estava impresso sumiu e o que estava nos computadores foi deletado”, denuncia. Secretarias importantes do município, como Educação, Obras e Agricultura, estão sem teto. É que elas funcionavam em prédios alugados e nos últimos dias de dezembro os contratos com os imóveis foram interrompidos e os funcionários ficaram sem ter onde prestar expediente. “Temos secretários despachando em salas de aula até que o problema seja resolvido”, lamenta Blesmany.
EDUCAÇÃO – Duas grandes escolas da rede municipal foram recebidas pela nova gestão em estado comprometedor. No Colégio Normal de Lajedo, que abriga tantos alunos, os banheiros foram destruídos, vasos sanitários não têm sequer descarga, as pias sumiram e as instalações elétricas e hidráulicas estão impraticáveis.
Nas salas de aula a situação é ainda pior. Paredes com rachaduras, vidros, janelas e cadeiras quebrados, são apenas alguns dos problemas encontrados pela equipe enviada ao local. Até a cisterna que abastece a unidade de ensino está sem a bomba d´água.
Já na escola Dom Expedito Lopes, a situação é alarmante. Sete computadores foram encontrados escondidos dentro de um banheiro que estava fechado com cadeado. As salas não têm fechadura, o telhado está visivelmente comprometido e cheio de goteiras, banheiros são utilizados como depósitos de material e até lâmpadas estão caindo, penduradas por um fio.
 Na zona rural, o problema mais agravante. A escola João Rosendo Fernandes, no sítio Laje dos Cadetes, está sem água desde o mês de outubro do ano passado. “As portas não tem fechadura. Nós fechamos com um cabo de vassoura que fica segurando do outro lado”, informa a professora Joelma Gonçalves, que além de ensinar ainda cuida da limpeza e manutenção da unidade onde estudam 19 crianças. A nova gestão encontrou apenas duas colheres e dois garfos na pequena sala onde é preparada a merenda escolar para os alunos.
SAÚDE – Os problemas continuam no hospital municipal de Lajedo. Lá está faltando até esparadrapo comum. No setor de pediatria as gavetas onde são guardados os medicamentos estão vazias e o banheiro merece cuidados especiais. Foram encontrados apenas um vidro com algodão e três abaixadores de língua. O bloco cirúrgico está interditado e servindo atualmente de depósito. Na garagem do hospital, estavam estacionadas duas ambulâncias cobertas pela poeira, ao lado de um micro-ônibus odontológico e uma Van para o transporte de pacientes. Nenhum dos veículos funciona. Por determinação do prefeito as ambulâncias já foram removidas para oficinas mecânicas.
Diante da decretação de estado de emergência, o Município fica autorizado a contratar, por um prazo de 90 dias, bens e serviços essenciais ao funcionamento das secretarias de administração, finanças, saúde, educação e assistência social sem a necessidade do processo de licitação, desde que verificada a necessidade da contratação.
Abaixo alguns exemplos do descaso com os bens públicos:
AmbulânciaS sucateadas na garagem do hospital
Banheiro sem pias no Colégio Normal
Fiação da central telefônica da prefeitura cortada

A bomba do Colégio Municipal sumiu
Banheiro utilizado como depósito de computador em escola
 
Fonte: Roberto Almeida

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