O ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, informou que em setembro será lançado o Programa Nacional de Irrigação para o Semiárido cujo objetivo é aumentar em 200 mil hectares a agricultura irrigada no país. A informação foi dada na inauguração do novo sistema de irrigação do Perímetro Mandacaru, em Juazeiro, que agora será irrigado por gotejamento e aspersão. A cerimônia também contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence e vários políticos da Bahia e de Pernambuco.
No discurso para os produtores do norte baiano, FBC antecipou os principais eixos do Programa de Irrigação, que será anunciado nesta sexta-feira (29) pela presidenta Dilma Rousseff durante o balanço do PAC. Segundo o titular da Integração, a agricultura irrigada é a atividade econômica que trouxe os melhores resultados para o país superando setores como a indústria automotiva, a naval. A irrigação emprega 550 mil trabalhadores e gera R$ 500 milhões em impostos por ano.
Conforme Bezerra Coelho as quatro vertentes da nova política de irrigação para o semiárido passarão pelo choque de gestão nos perímetros já em funcionamento, a ampliação de áreas irrigadas em perímetros como Salitre e Pontal (em Juazeiro e Petrolina, respectivamente), a criação de novos perímetros como o Canal do Sertão Pernambucano até a classificação Perímetro de Interesse Social. “Este último eixo é voltado para os perímetros pequenos (de até 1500 hectares) como o Bebedouro, em Petrolina, e o Mandacaru, em Juazeiro. Vamos investir fortemente na melhoria das condições de operação”, frisou FBC.
MODERNIZAÇÃO – O método de irrigação pressurizado por gotejamento e microaspersão, implantado por R$ 3,2 milhões no Perímetro Mandacaru, será aplicado em todos os perímetros públicos da Codevasf do DNOCS. O ministro Fernando Bezerra Coelho antecipou que, ainda este ano, o novo sistema será implantado em mais dois perímetros da Bahia, Maniçoba e Curaçá e em breve no Bebedouro, Petrolina.
Estudos da Codevasf mostram que o sistema pressurizado reduz em 53% o consumo de água nos lotes irrigados e em 36% os custos com energia elétrica. Outra vantagem está relacionada aos impactos ambientais com a diminuição dos processos erosivos e da salinização do solo.
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