" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Agrestina: aqui, quem manda são as mulheres


















Localizada a 154 km do Recife e com uma população de 22 mil habitantes, Agrestina é o polo da Cavalgada do Chocalho (maior concentração de cavaleiros uniformizados do mundo, título homologado pela rank Brasil revistados recordes brasileiros), que acontece sempre no primeiro fim de semana de novembro. A cidade tem, também, excelentes trilhas para prática de raly e motociclismo.
Mas, o que está dando fama mesmo a Agrestina é a ascensão da mulher em todos os segmentos da sociedade. Aliás, já dei uma nota no meu blog, recentemente, informando que a cidade seria o reino onde impera o poder da saia. Na Prefeitura quem dá as ordens é a petista Carmem Miriam, que tem ainda duas secretárias e elegeu uma deputada estadual – Raquel Lyra.















No Judiciário, marmanjo também não manda. A juíza é Any Sena e a promotora Ana Paula. Para completar, quem bota bandido no xadrez é uma delegada – a brabona Sara Gouveia. Conheci a prefeita. Não é braba como a delegada, mas bastante afirmativa. Filiada ao PT, vai disputar a reeleição provavelmente contra o seu vice, com quem está rompida.
Na passagem de Dilma por Cupira, terça-feira passada, ela comemorou a confirmação do projeto de que Agrestina também entrará na rota da transposição do rio São Francisco. De acordo com dados do IPEA do ano de 1996, o PIB de Agrestina era estimado em R$ 23,67 milhões, sendo que 54,0% correspondia às atividades baseadas na agricultura e na pecuária, 2,9% à indústria e 43,1% ao setor de serviços.
O PIB per capita era de R$ 1.296,25. Em 2005, conforme estimativas do IBGE, o PIB havia evoluído para R$ 67.275.000,00 e o PIB per capita para R$ 3.156,00.















Fui a Agrestina em companhia do jornalista Wagner Gil, colaborador do blog em Caruaru e na região do Agreste. Lá, falei numa casa de recepções completamente lotada por estudantes ávidos por conhecimentos do mundo digital, levados pelo professor Diego, que trabalha da rede municipal. E, na plateia, como já se transformou lugar comum, encontrei colegas de blog, como o blogueiro local Adriano Monteiro, que fez uma postagem bastante entusiasmada em seu blog sobre a minha palestra.


















O blogueiro Adriano Monteiro do município de Agrestina

Depois do evento, tive o prazer de jantar num restaurante de comida caseira da cidade com Tio Correia, candidato a prefeito da vizinha cidade de Belém de Maria pelo PSB. Veio especialmente para a palestra trazendo um grupo de seis aliados, entre eles o presidente do PSDB do município e dirigentes do PT e PDT.















HISTÓRIA – Agrestina surgiu às margens de um poço cavado por sertanejos retirantes da seca às margens do rio Mentirosos ou rio dos Torrões, ponto de parada para sertanejos foragidos da seca em direção à zona suleira onde trabalhavam em plantações de açúcar até que a chuva caísse no Sertão. Daí que passaram a chamá-la de Bebedouro, pois era ponto de parada para bebida dos homens e animais que trafegavam pela região.
Então, foi encontrada às margens do poço do Bebedouro uma imagem de Santo Antônio talhada em porcelana portuguesa e com detalhes em ouro, provavelmente esquecida por algum retirante que por ali passara. Isto foi visto como um milagre e a Diocese instituiu este santo como padroeiro de bebedouro,instalando ali uma capela em sua homenagem (Hoje Matriz de Santo Antônio).
O Padroeiro é Santo Antônio (comemorado em 13 de junho). O município foi emancipado através da lei estadual nº 1.931, de 11 de setembro de1928 (data em que se comemora seu aniversário) com o nome de Agrestina, desmembrando-se do município de Altinho. O topônimo foi escolhido por localizar-se no coração do Agreste Pernambucano. Administrativamente, é composto pelos distritos sede, Barra do Chata e Barra do Jardim, além dos povoados de Pé de Serra dos Mendes, Santa Tereza, Água Branca,Cruz e Cachoeira.
A cidade ainda possui comunidades quilombolas (formadas por descendentes de ex-escravos foragidos) como as de Pé de Serra dos Mendes e a de Brejinho de Cajarana berço da Mazurca, uma dança cultural mista de escravos e índios quase desaparecida no Brasil.

Magno Martins

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