Nasa
Astrônomos americanos anunciaram a descoberta, nesta quinta-feira, do
primeiro planeta em órbita de dois sóis, muito similar àquele onde
vivia Luke Skywalker, protagonista da série Star Wars (ou Guerra nas Estrelas, como os primeiros filmes foram traduzidos no Brasil), segundo um estudo publicado na revista científica Science.
No filme, o planeta natal de Skywalker, Tatooine, era quente e
desértico, mas este planeta, denominado Kepler-16b, é um mundo
congelado, com tamanho similar ao de Saturno, que orbita dois sóis em um
círculo quase perfeito, a cerca de 200 anos-luz de distância. Na série
criada por George Lucas também há um planeta congelado, chamado Hoth.
O planeta foi avistado pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, que
monitora o brilho de 155 mil estrelas, destacou a pesquisa. O co-autor
da pesquisa, Alan Boss, do Departamento de Ciência de Magnetismo
Terrestre, da Carnegie Institution, se disse espantado com o planeta.
– Esta descoberta é assombrosa. Mais uma vez, o que costumava ser ficção científica, virou realidade.
Embora astrônomos já tenham detectado planetas que eles acreditavam
orbitar duas estrelas, nunca antes um planeta foi visto passando diante
de seus dois sóis. Desta forma, esta descoberta traz a primeira prova
real.
O co-autor do estudo, Josh Carter, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica disse:
O co-autor do estudo, Josh Carter, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica disse:
– O Kepler-16b é o primeiro exemplo confirmado, não ambíguo, de um
planeta circumbinário - um planeta que orbita não uma, mas duas
estrelas. Mais uma vez, achamos que nosso sistema solar é apenas um
exemplo da variedade de sistemas planetários que a natureza pode criar.
O clima gelado se deve, provavelmente, ao fato de que mesmo que o
planeta tenha dois sóis que ele orbita a cada 229 dias e uma distância
de 105 milhões de quilômetros, eles são menores e mais frios que o nosso
sol.
Um dos sóis de Kepler-16b tem 20% a massa do nosso e o outro, 69%.
Enquanto o planeta os orbita, os dois sóis dançam um com o outro em
uma "órbita excêntrica de 41 dias", destacou o estudo, chefiado pelo
cientista Laurance Doyle, do Instituto SETI (sigla em inglês para Busca
por Vida Extraterrestre), da Califórnia.R7
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