BBC Brasil
A
polícia espanhola prendeu, nesta quinta-feira, membros de uma rede de
pedofilia que distribuía imagens de crianças brasileiras na internet.
De
acordo com autoridades, o grupo compartilhava centenas de milhares de
fotos de alta definição de menores do Brasil, da Colômbia, do México e
de Trinidad e Tobago.
Três homens espanhóis foram presos e apenas
em um computador de um dos acusados foram achados 120 gigabytes de
arquivos pornográficos com mais de 120 mil fotos de crianças.
A
rede de pedofilia foi descoberta em uma operação policial internacional
contra a pornografia infantil, que já fez 19 detenções em nove países.
Compartilhamento
O esquema de organização da rede surpreendeu os investigadores. Os membros da rede se comunicavam pelas redes sociais.
Eles
compartilhavam arquivos usando um software gratuito que só era acessado
através de um convite pessoal lançado dentro dos perfis 'apenas entre
as pessoas de confiança', diz um comunicado da polícia.
O método
dificultou o rastreamento dos serviços de inteligência internacionais e
ainda driblava o controle dos servidores das redes sociais.
De
acordo com a polícia, programa usado pelos acusados de pedofilia era o
P2P, 'habitual entre os usuários que traficam com pornografia infantil
devido às medidas de segurança que proporciona'.
A operação foi
coordenada pela Brigada de Investigação Tecnológica da Polícia Nacional
da Espanha; pelo grupo policial contra a exploração infantil da Nova
Zelândia, Online Child Exploitation Across New Zealand (OCEANZ) e pela
divisão de combate à pornografia infantil do FBI, Innocent Images Task
Force (IITF).
Também participaram setores de inteligência de mais seis países, incluindo a Polícia Federal do Brasil.
A
polícia espanhola não divulgou dados sobre as investigações no Brasil,
afirmando que a operação continua aberta e é possível que haja mais
batidas, apreensões e prisões em qualquer lugar do mundo.
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