Mais do que a permanência ou não do deputado João Paulo no PT, decisão que será conhecida no início de outubro, a indicação ou não de Ana Arraes (PSB) para a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União é o elemento que mais vem tensionando os bastidores do processo sucessório na Prefeitura do Recife.
Embora se tenha hoje como certa a escolha da deputada para o TCU, existe a possibilidade de ela ser derrotada e, se isso acontecer, o governador Eduardo Campos (PSB) poderá lançar um candidato do PSB à Prefeitura do Recife e já houve sinalizações neste sentido. Políticos ligados a Eduardo têm acenado com esta possibilidade em conversas com deputados pernambucanos e está todo mundo de orelhas em pé.
A primeira data fatal, portanto, é o próximo dia 21, quando a Câmara dos Deputados escolherá quem irá para o TCU, se Ana Arraes ou o deputado Aldo Rebelo (PCdoB). Uma derrota de Ana Arraes, mãe de Eduardo, mudará a relação do governador com o PT e o PCdoB e é aí onde se abrirá outro cenário para a eleição no Recife. O PT tem a maior bancada federal e não fechou questão em torno da eleição da deputada socialista, e o que está pegando é a bancada ruralista que não pode ser subestimada – nunca perdeu uma disputa dentro do Congresso – e fechou com Aldo Rebelo, em função de seus posicionamentos sobre o Código Florestal, matéria da qual foi relator. “Essa é uma briga de cachorro grande” resume um governista.
Magno Martins
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