" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



terça-feira, 4 de outubro de 2011

Norte e Nordeste lideram irregularidades nas cidades fiscalizadas pela CGU



As regiões Norte e Nordeste são as que têm o maior índice de irregularidades constatadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) nos municípios sorteados pelo Programa de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos.
De acordo com o secretário Federal de Controle da CGU, Valdir
Agapito, não há uma causa específica para a predominância de
irregularidades nos municípios fiscalizados nas regiões Norte e
Nordeste, mas isso pode ser motivado pelo desconhecimento dos gestores
quanto aos procedimentos corretos ou mesmo a distância dos municípios
em relação aos órgãos de controle. Anualmente, a CGU encaminha de 1.500
a 1.600 processos sobre irregularidades apuradas nas fiscalizações ao
Tribunal de Contas da União (TCU), o que representa cerca de R$ 1
bilhão em recursos públicos utilizados indevidamente.

A CGU sorteou hoje (3), em Brasília, mais 60 municípios, com
população de até 500 mil habitantes – exceto capitais – para avaliar a
aplicação de recursos públicos descentralizados para os programas
federais na área social (Saúde, Educação e Desenvolvimento Social e
Combate à Fome).

Ao todo, desde 2003, o programa de
fiscalização dos municípios por sorteio público – realizado no
auditório da Caixa Econômica Federal – já atingiu 1.881 municípios e
fiscalizou a aplicação de cerca de R$ 18 bilhões de recursos públicos
relativos a programas como o Merenda Escolar, o Bolsa Família e o Saúde
da Família.

Os municípios foram divididos em dois grupos para a fiscalização:
até 50 mil habitantes, são fiscalizados os recursos transferidos pelos
ministérios da Educação (MEC), Saúde e Desenvolvimento Social (MDS);
entre 50 mil e 500 mil habitantes, excetuadas as capitais, será
fiscalizada a colocação em prática dos programas do governo federal nas
áreas de Saúde e Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O secretário de Controle da CGU ressaltou que o programa de
fiscalização por sorteio é uma importante ferramenta de controle dos
recursos públicos, a fim de garantir maior transparência e visibilidade
na aplicação dos recursos públicos. Além disso, “ele estimula outros
órgãos a desenvolverem programas de controle em suas áreas, bem como
identifica os responsáveis por irregularidades e quantifica o montante
das fraudes”.

As irregularidades mais frequentes, segundo Valdir Agapito, envolvem
licitações, a execução de sobrepreço e a não entrega do objeto da
aplicação dos recursos, como merenda escolar e medicamentos. Os
processos gerados por essas irregularidades são encaminhados ao TCU, ao
Ministério Público Federal para as ações penais, à CGU, para as ações
cíveis de ressarcimento dos recursos desviados bem como à Câmara e ao
Senado, que também são responsáveis pela fiscalização da aplicação de
recursos públicos.

Agência Brasil

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