" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Laudo aponta marcas de agressões em mulher que denunciou Marcelinho

Por Karoline Zilah

O exame de corpo de delito feito pela Unidade de Medicina Legal (UML) de Campina Grande aponta marcas de violência física no corpo da advogada de 31 anos que denunciou o jogador Marcelinho Paraíba de tentar estuprá-la. De acordo com a delegada da Mulher Herta de França Pereira, designada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública para investigar o caso, o laudo informa existirem marcas de agressões na cabeça, hematomas no pescoço e corte na cavidade interna da boca da vítima, o que indicaria algum atrito superficial. Ainda segundo ela, a análise mostra que não houve conjunção carnal.
A delegada disse que vai ouvir mais testemunhas e fazer outras diligências. "Os autos de flagrante chegaram ontem à delegacia. Estou analisando e, dentro de 30 dias, que é o prazo de conclusão do inquérito, espero definir as diretrizes para chegar a uma conclusão", declarou Herta Pereira
Na manhã da quarta-feira (30), Marcelinho Paraíba foi preso em flagrante em seu sítio em Campina Grande e levado para a Central de Polícia Civil, depois de ser denunciado pela advogada e por um irmão de 'criação' dela, o delegado Rodrigo Pinheiro. Eles argumentam que Marcelinho teria beijado a mulher à força e puxado os cabelos dela durante uma festa na granja.
Não quero falar, estou
constrangida" (Denunciante)

A vítima atendeu à ligação da reportagem, mas disse que não queria comentar o assunto. Ela se restringiu apenas a dizer que está muito constrangida com tudo o que aconteceu e que só falaria em juízo.
Já o advogado de Marcelinho Paraíba, Afonso Vilar, disse que o laudo é apenas uma prova material que não comprova nenhuma culpa do jogador. “Agressões foram comprovadas, mas vamos discutir em juízo se elas foram provocadas por Marcelo ou de qualquer outra forma”, afirmou.
Em entrevista coletiva na sede do Sport Clube do Recife na quinta-feira (1º), o jogador tratou o assunto como 'página virada', reafirmou sua inocência em relação à acusação de tentativa de estupro e alegou que só soube do que se tratava quando chegou à delegacia. Ele garantiu que conhecia a vítima apenas de vista. "Não tinha nenhum relacionamento com essa mulher, já tinha visto ela junto com ele [o irmão, o delegado Rodrigo Pinheiro], mas não tínhamos relacionamento nenhum", disse.
Indiciado por estupro, o jogador passou 12 horas detido na carceragem da Central de Polícia e no Complexo Penitenciário do Serrotão, mas recebeu alvará de soltura por volta das 17h30 (horário local). O juiz da 5ª Vara Criminal de Campina Grande, Paulo Sandro de Lacerda, argumentou que o atleta não representa risco à sociedade, tem residência e emprego fixo e, por isso, poderia responder às investigações em liberdade.
Além de Marcelinho, três amigos dele foram presos e indiciados por resistência à prisão e desacato. Eles pagaram fiança de R$ 1 mil cada e foram liberados ainda na tarde da quarta-feira.
Paralelamento às investigações do suposto estupro, a Corregedoria  da Secretaria de Segurança Pública da Paraíba abriu procedimento para apurar a conduta do delegado Rodrigo Pinheiro. Ele é suspeito de disparar tiros durante a festa de Marcelinho Paraíba. Além disso, chegou a ameaçar jornalistas que faziam a cobertura do caso em Campina Grande. A Polícia Civil ainda aguarda a chegada do resultado do exame residuográfico feito na arma do delegado, que pode apontar se ele efetuou algum disparo com o revólver calibre 38 que portava no dia.

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