Por Cláudio Santos
Os
manifestantes foram chamados a se reunir a partir das 14h (10h no
horário de Brasília) em "um acesso único e simbólico", do Arco da Defesa
ao Arco do Triunfo, distantes 5 km um do outro AFP
Milhares de pessoas se reuniram neste domingo (24) em Paris para
protestar contra o casamento entre homossexuais, em uma última
mobilização em massa antes da adoção definitiva do projeto de lei que
legaliza a união e adoção por casais do mesmo sexo. Telões foram instalados do Arco da Defesa até o Arco do Triunfo. Faixas foram penduradas nas varandas: "Não toquem em minha filiação", "Queremos emprego, não casamento gay" ou ainda "Não ao gay-extremismo".
A última manifestação de opositores ao casamento gay reuniu em 13 de janeiro 340 mil pessoas, de acordo com a polícia, e quase um milhão, segundo os organizadores.
"Queremos atrair pelo menos o mesmo número", ressaltou um dos organizadoros.
A polícia espera uma mobilização menor, entre 150 e 200 mil manifestantes.
A convocação foi feita apenas na quinta-feira à noite e a organização do percurso foi caótica.
Os manifestantes foram chamados a se reunir a partir das 14h (10h no horário de Brasília) em "um acesso único e simbólico", do Arco da Defesa ao Arco do Triunfo, distantes 5 km um do outro.
Os organizadores também esperam "melhor visibilidade" do "número de participantes" e um "efeito de massa".
Em janeiro, os opositores consideraram que a polícia foi responsável por diminuir o número de manifestantes.
O opositor Jean-Pierre Bernardin espera a presença de muita gente porque "nada ainda foi feito" a uma semana da análise no Senado da lei, que já foi votada na Assembleia Nacional. "A reforma pode ainda ser adiada", acredita. Neste domingo de Ramos, vários manifestantes levaram ramos em suas mochilas.
Os opositores querem pedir a François Hollande que retire o texto para ser submetido a um referendo.
Segundo eles, este projeto, que possibilita o casamento e a adoção por casais do mesmo sexo, "perturba totalmente a sociedade, negando o parentesco e a filiação natural" e isso teria "consequências econômicas, sociais e étnicas incalculáveis".
Enquanto a manifestação se diz apolítica, o partido de extrema-direita Frente Nacional convidou seus militantes a se juntarem a uma delegação nacional do partido.
Vários políticos de direita também expressam apoio ao movimento, entre ele o deputado da UMP Henri Guaino, que fez um apelo para que os manifestantes "censurem" o governo "nas ruas".
O presidente da UMP, Jean-François Copé, também convidou militantes de seu partido a manifestar. Segundo ele, o governo ignora "700 mil cidadãos" que "assinaram uma petição" em oposição ao projeto.
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