Por Cláudio Santos
Pesquisa
em poder do PSB, feita em seis Estados do País pela MCI, do sociólogo
Antônio Lavareda, aponta um sentimento muito maior de mudança de Governo
no Sul e Sudeste do que Nordeste. Entre os entrevistados em São Paulo,
Rio, Minas e Rio Grande do Sul, 47% acham que chegou a hora de tirar o
PT do poder.
No
Nordeste, região em que na eleição passada Dilma conseguiu impor uma
frente de 10 milhões de votos no segundo turno contra José Serra, esse
percentual cai para 32%. Natural em se tratando de um reduto
extremamente dependente do programa Bolsa Família, que contempla, hoje,
20 milhões de famílias.
Há
um dado no levantamento, entretanto, que pode atrapalhar a reeleição da
presidente: a população não identifica nenhum projeto na gestão atual
com a cara de Dilma, mas de Lula. Quanto se volta ao passado, a
identificação se dá em direção a Fernando Henrique Cardoso.
Na
prática, Dilma não faz um governo com a sua cara, com identidade
própria, embora seu potencial de votos chegue a 56%, sendo conhecida por
95% da população. Quanto a Eduardo, a pesquisa mostra que ele tem um
potencial de 34% e é conhecido por apenas 18% do eleitorado nacional.
Os
maiores percentuais, naturalmente, estão no Nordeste, enquanto no Sul é
de 9%. O socialista tem pela frente o desafio de desbravar uma estrada
do desconhecimento da ordem de 82%. A preocupação de Dilma com Eduardo
está no Nordeste, porque nas últimas três eleições vitoriosas o PT
ganhou no segundo turno tirando a desvantagem do Sul e Sudeste por aqui.
Quando
Lula disputou, no primeiro turno teve 45% dos votos e 54% no segundo
turno. Historicamente, o PT impõe uma frente de 10% no segundo turno.
Como
Dilma não tem uma própria marca, se esse percentual cair para 6% ela
corre um tremendo risco de perder a eleição no segundo turno, é o que
traduz quem já leu atentamente à pesquisa que está em poder do comando
nacional do PSB.Com informações de Magno Martins
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