A
Câmara dos Deputados deu mais um tiro no pé ao salvar o mandato de
Jacqueline Roriz (PMDB-DF), flagrada recebendo propina do mesmo lobista
que derrubou o governador do DF, José Roberto Arruda, também com imagens
semelhantes. A alegação é de que o crime se deu antes dela ser
parlamentar e que, portanto, abriria um precedente grave, já que a lei
só pune irregularidades no exercício do mandato.
Não
há nada mais vergonhoso! Neste caso, a prova do pecado não vale nada? A
montanha de dinheiro exibida pelo Jornal Nacional não se constitui na
prova do delito? Não vale para o Congresso brasileiro, mas para o
cidadão comum a lei é dura e funciona para valer.
Desafio
que uma empresa privada contrate um funcionário e depois de muito tempo
seja informada de um delito grave dele anterior do contrato e não o
demita! No fundo, o que prevaleceu foi o corporativismo da Casa, porque
como bem disse o ministro das Cidades, Mário Negromonte, tem muita gente
lá que não tem currículo, mas ficha corrida da polícia.
Muitos
enxergaram na condenação de Jacqueline, que seria justa e
indispensável, o seu próprio enforcamento num futuro próximo. É por essa
e outras que, numa pesquisa recente do Datafolha, sete de cada dez
entrevistados afirmaram descrer do parlamento brasileiro, que continua
sendo a grande vergonha nacional. Até que se prove o contrário!
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