" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quinta-feira, 1 de setembro de 2011

No fundo do poço




   




     

A Câmara dos Deputados deu mais um tiro no pé ao salvar o mandato de Jacqueline Roriz (PMDB-DF), flagrada recebendo propina do mesmo lobista que derrubou o governador do DF, José Roberto Arruda, também com imagens semelhantes. A alegação é de que o crime se deu antes dela ser parlamentar e que, portanto, abriria um precedente grave, já que a lei só pune irregularidades no exercício do mandato.
Não há nada mais vergonhoso! Neste caso, a prova do pecado não vale nada? A montanha de dinheiro exibida pelo Jornal Nacional não se constitui na prova do delito? Não vale para o Congresso brasileiro, mas para o cidadão comum a lei é dura e funciona para valer.
Desafio que uma empresa privada contrate um funcionário e depois de muito tempo seja informada de um delito grave dele anterior do contrato e não o demita! No fundo, o que prevaleceu foi o corporativismo da Casa, porque como bem disse o ministro das Cidades, Mário Negromonte, tem muita gente lá que não tem currículo, mas ficha corrida da polícia.
Muitos enxergaram na condenação de Jacqueline, que seria justa e indispensável, o seu próprio enforcamento num futuro próximo. É por essa e outras que, numa pesquisa recente do Datafolha, sete de cada dez entrevistados afirmaram descrer do parlamento brasileiro, que continua sendo a grande vergonha nacional. Até que se prove o contrário!

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