Custo da Transposição já aumentou em R$ 1 bilhão

 

Por Magno Martins

O ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, disse, há pouco, em Sertânia, que a transposição do São Francisco já teve um acréscimo de mais de R$ 1 bilhão entre 2007, quando as obras iniciaram, até hoje em função de aditivos aos contratos originais assinados com o consórcio responsável. Orçada em R$ 5, 4 bilhões, a obra passou para R$ 6, 9 bilhões e, segundo o ministro, deve ter mais um acréscimo médio de 36% até o seu final, em 2014.

 

Acompanhado de técnicos e diretores do consórcio de empresas, o ministro passou a manhã inteira e parte da tarde em visita aos lotes 11 e 12, cujas obras estavam paradas há mais de um ano e foram retomadas. Juntos, os dois lotes irão criar cerca de 1,1 mil postos de trabalho até março, tendo o lote 11 já gerado 400 empregos.

 

Em Sertânia, o ministro assinou a ordem de serviço, no valor de R$ 132 milhões, para acelerar o lote 12. Segundo ele, na semana que vem também será assinada a ordem de serviço para retomada das obras dos lotes 1 e 2, em Cabrobó e até março assina o lote 10, em Custódia. “Com isso, chegamos ao final do processo de retomada de todos os lotes parados”, disse Fernando.

Com mais de 600 km de extensão, o projeto de integração do rio São Francisco é dividido em 14 lotes e mais dois canais de aproximação a cargo do Exército. Estão em construção canais, barragens, aquedutos e túneis para levar a água do Velho Chico para os Estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, beneficiando aproximadamente 12 milhões de pessoas.

 

A obra emprega, atualmente, 3,9 mil trabalhadores, devendo gerar mais dois mil empregos até julho deste ano, alcançando a meta de 6 mil postos de trabalho. Parte do PAC, a transposição está mais avançada no Eixo Leste, que já conta com 71% de execução das obras e 287 km de extensão. Levará água para Pernambuco e Paraíba. O Eixo Norte, com 426 km, está com 46% das obras concluídas e beneficiará ares dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

 

 Bem a vontade, de camisa manga curta e calça social, o ministro exibiu bom humor ao longo da visita, apesar do bombardeio na mídia nacional não ter cessado. Visitou dois canteiros de obras do lote 11 e após a maratona, que durou duas horas, percorrendo cerca de 30 km em estrada de chão batido, conversou com os jornalistas e abordou também as questões das denúncias que vem enfrentando.