Por Luiz Francisco
O delegado Marconi Almino de Lima, da cidade de Pindbaçu, na Bahia, solicitou a prisão preventiva de três pessoas supostamente envolvidas no falso assassinato da dona de casa Eronildes Aguiar, que ficou conhecida como “Mulher Ketchup”. Os pedidos foram encaminhados ao Ministério Público na última sexta-feira (6). O Ministério Público ainda não se pronunciou sobre o caso.
De acordo com o delegado, que passou seis meses investigando o caso,
Carlos Roberto de Jesus e Eronildes foram indicados por crime de
estelionato e podem ser condenados a até cinco anos de prisão. Nilza
Pereira Simões, a mandante do crime, foi indiciada por “denunciação
caluniosa” e pode ser condenada a até nove anos de cadeia.
O falso assassinato, que teve repercussão até no exterior, ocorreu no
dia 24 de junho do ano passado, quando a aposentada Nilza Simões
contratou Carlos Roberto de Jesus para matar Eronildes, desconfiando que
a dona de casa tinha uma relação amorosa com o seu marido. Ela teria
pago R$ 1.000 para o ex-presidiário assassinar sua suposta rival.
No entanto, ao ser informado sobre quem seria a vítima, Carlos
Roberto, que conhecia Eronildes, desistiu de matá-la e ainda deu uma
parte do valor recebido para ela.
Para dar “autenticidade” ao falso crime, Eronildes aceitou ficar
amarrada em um matagal. Em cima do seu corpo, Jesus colocou molho de
ketchup (para simular o sangue) e um facão preso aos braços. A dona de
casa foi fotografada e a imagem, encaminhada para Nilza, como prova do
assassinato.
A farsa foi descoberta alguns dias depois, quando a própria Nilza viu a
dona de casa e o ex-presidiário se beijando em uma feira livre.
Irritada por ter sido enganada, a aposentada denunciou Carlos Roberto à
polícia.
Depois de ganhar notoriedade, Carlos Roberto voltou à prisão, sob a
acusação de cometer furtos e assaltos na região de Senhor do Bonfim
(BA).
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