" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



segunda-feira, 2 de abril de 2012

Programas eleitoreiros disfarçados



Por Cláudio Santos
 
Disfarçados de  “LOCUTORES”  e “BLOGUEIROS”  que não passam de   verdadeiros           “CABOS ELEITORAIS”, diga-se passagem,  muito  bem remunerados,  para estarem todos os “santos dias” bradando  aos quatro ventos, os nomes “santificados” dos seus Pré-candidatos ou assumidamente “CANDIDATOS”, através das ondas sonoras das FMs locais e de Blogs editados com patrocínios direcionados, assumindo posições de paladinos  da verdade, praticando atos que simplesmente defendem no íntimo seus interesses.
São tão exacerbados nos seus interesses inescrupulosos, imorais  e antiéticos,  que em seus  infames  comentários diurnos, caluniam, injuriam e difamam as pessoas que são hoje, “desafetos políticos” sem se preocuparem com as consequências advindas, carregando nos ombros os ônus das asnices que praticam.
A liberdade de Expressão,  prevista na Constituição  Federal/88,  nos leva a   querer  entender que “Todo o silenciar de discussão é uma pretensão de infalibilidade - S. Mill”
Injúria, calúnia e difamação, é sabido, são crimes contra honra.
Consequentemente, exclusivamente ao foro único e próprio em razão e ao final do competente e devido processo legal cabe determiná-lo, e, se for o caso, apontar responsabilidades e sanções decorrentes.  A ninguém mais.
A liberdade de expressão consagrada no Art. 5º, IX da CF relacionada com os IV (manifestação do pensamento) e V (direito de resposta e indenização) é um todo institucional correlacionado.
Diz respeito diretamente e de modo inalienável aos direitos individuais e coletivos; ela é que iguala o homem enquanto dotado de razão; é o coroamento de todas as revoluções até então encetadas pela humanidade que levou ao estágio dito civilizado da igualdade na lei.
Como alguém poderá postular direitos sem voz?                                                                  
Note-se que assim como “a inviolabilidade do direito à vida” do caput do artigo citado não impede que se o viole; que os homicídios ocorram (em suma: as leis foram feitas para serem violadas); a ofensa à liberdade de expressão se dá, nos exatos termos da lei maior, também pela inviolabilidade dela como quer o caput e não pelo possível uso delituoso que dela se faça expressamente tipificado no V.
Quanto ao anonimato vedado pela parte final do IV, em últimos termos, pode-se afirmar que não há anonimato na internet. O que existem são pseudônimos que a lei não veda. Embora, moralmente possa ser reprovável.
Pretender estabelecer limites ou senões à liberdade de expressão por tudo e muito mais é, no mínimo, um contrassenso. Nada há que justifique.
A que se propõe um Blog que voluntariamente abre espaço público para opiniões que não a incessante busca de verdades? (Poderia não abrir)
Tentar estigmatizar opiniões, levantando a opinião pública  levianamente,  com  intuito de  tornar verdadeiras às inverdades pronunciadas e escritas diuturnamente,  no vertente caso, tendo por paradigma que o modo seja “moderado e não passe dos limites da discussão honesta”, em antes há que se estabelecer o que é “moderado e honesto”, ambos, conceitos que vagueiam pelo indefinível campo da moral; em seguida estabelecer “um julgador perfeito” com o predicado da infalibilidade de vez que o uso da tecla “delete” na internet não deixa rastro nem admite recursos ou testemunhas.
Normalmente numa polêmica é lugar comum indicar os de opiniões contrárias como provenientes de homens maus e imorais. É o preço a ser pago pela originalidade.
Salvo arbítrio ou poder divino nenhum mortal tem a posse da verdade. O surgimento da língua e uso dela muito provavelmente derivou desta proposição universal.
O único propósito para o qual o poder possa ser legalmente exercido sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, enfeixa-se em evitar danos a outros. Seu próprio benefício seja físico ou moral, não é uma garantia suficiente.
Então os senhores locutores e blogueiros  de plantão,  que estão pisando na ilegalidade, sendo pseudo acobertados por um manto transparente  da “LIBERDADE DE EXPRESSÃO”,  o qual  poderá  ser retirado  a qualquer momento,  por designo da Justiça e ou por serem desacreditados pela  população. 
 
Paredão do Povo

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