Os Estados com maior número de escolas na "zona de rebaixamento" do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) são Maranhão e Espírito Santo, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (12) pelo MEC (Ministério da Educação).
Juntos, os dois Estados têm dez instituições de ensino entre as 20 piores escolas do ranking - todas as "lanterninhas" são públicas.
Juntos, os dois Estados têm dez instituições de ensino entre as 20 piores escolas do ranking - todas as "lanterninhas" são públicas.
A escola com nota mais baixa do país é a maranhense Complexo Educacional Ardalião Pires, com sede na cidade de Três Lagoas do Manduca, na zona rural do Maranhão.
A nota obtida pela escola foi 417,3 - uma pontuação 67% menor do que a primeira do Estado, o colégio privado Jardim Escola Crescimento, que fez 697,6 no Enem.
Em comparação com a melhor escola do país, o Colégio São Bento, a escola maranhense obteve uma pontuação 54,8% menor. A "líder no ranking" fica no Rio de Janeiro e obteve nota 761,7 no Enem. O colégio do Maranhão foi alvo de denúncias de contaminação da água servida aos estudantes, em setembro de 2010.
Lanterna
Além da "lanterninha", o Maranhão é responsável por outras quatro escolas na "zona de rebaixamento": José Maria de Araújo (434,55 pontos), Professora Martinha Meneses da Silva (436,79), Isaac Martins (447.54 ) e Kiola Costa (449.13).
A pior do Espírito Santo não está muito distante da última colocada no ranking geral. A Escola Estadual José Roberto Christo fez só 435,13 e se livrou da "rabeira" por apenas 17 pontos de diferença.
A distância é muito maior quando também comparamos com a melhor do Estado capixaba. A escola José Roberto Christo e o Colégio Leonardo da Vinci estão separados por aproximadamente 240 pontos.
R7
Além desta, as outras quatro escolas do Espírito Santo que estão na lista de 20 piores são Juvenal Nolasco (446,97), Pacotuba (447,25), Itamira (448,62) e Aladim Silvestre de Almeida (450,2).
As outras dez posições da ponta estão dividas entre os Estados do Piauí (com três escolas), São Paulo (duas), Tocantins (duas), além de Minas Gerais, Maranhão e Goiás (com uma instituição cada).
Em São Paulo, a pior na avaliação do Enem é um colégio indígena localizado no litoral, entre as cidades de Bertioga e São Sebastião. O colégio Txeru Ba’ e’ Kua recebeu nota 432 no ranking, bem menos do que o primeira colocado no Estado, o colégio Vértice, com 743,75 pontos - uma nota 72% maior.
Melhor escola pública
Só uma escola pública está entre as dez melhores do país, segundo o ranking do Enem. O Colégio de Aplicação da UFV (Universidade Federal de Viçosa), com 480 alunos matriculados, obteve média de 726,42 pontos no exame, em uma escala que vai de 0 a 1.000.
Apesar de ser a campeã no ranking das escolas públicas, a instituição federal está em oitavo lugar em comparação com os melhores colégios brasileiros.
Entre as escolas "top ten" do Enem, quatro são de Minas Gerais - Bernuolli, Santo Antônio e o Coleguium, todas particulares, além do Colégio da UFV. Uma surpresa no ranking são as escolas do Piauí - o Instituto Dom Barreto ficou na segunda posição entre os melhores, enquanto o Educandário Santa Maria Goretti está na sétima posição.
Para evitar distorções entre as escolas avaliadas pelo Enem, o R7 considerou o corte de 50% ou mais de participação dos alunos no exame como forma de comparar escolas em situação parecida. A recomendação vem do ministro da Educação, Fernando Haddad, que sugeriu ser "coerente" comparar escolas dentro da média nacional de participação. Os dados do Enem são de 2010, os últimos divulgados pelo MEC (Ministério da Educação).
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