MARISA GIBSON - DIARIO POLÍTICO
O
Brasil não é Pernambuco mas o governador Eduardo Campos quer ser visto
em 2014 como a melhor alternativa para comandar o país. E a expectativa
criada em torno da possibilidade de ele disputar a eleição presidencial
pode chegar a um ponto que, se o projeto não for concretizado, haja
dificuldades para explicar um possível recuo. Precavido, o governador
sempre externa que em 2014 estará ao lado de Dilma Rousseff (PT), caso
ela concorra às eleições. Mas esse condicional é que abre espaços para
que Eduardo se coloque nos palcos como uma opção para a sucessão
presidencial.
Um
desses palcos é o PSB, cujo congresso nacional, que começa hoje em
Brasília, o reconduzirá à presidência nacional do partido, pela terceira
vez consecutiva. Com seis governadores, o PSB vem sendo preparado para
chegar em 2014 com força para se lançar num projeto nacional e a aliança
com o PSD é um dos recursos dos socialistas nesta escalada. Governista
no plano nacional, o PSB também é governista em muitos estados através
de alianças com o PT e o PSDB, sabendo-se no entanto que esses acordos
estaduais são mais circunstanciais do que programáticos.
É
sabido que o PT não engole Eduardo nem suas alianças enquanto os tucanos
fazem o mesmo jogo dos socialistas fingindo que mantêm as portas
abertas para futuros acertos em 2014. O PSDB também quer a Presidência
da República e o projeto do PSB é atrair um arco expressivo de apoios,
dentro do estilo de Eduardo de trabalhar eleitoralmente com grandes
frentes partidárias. Basta ver o cenário pernambucano onde, desde seu
primeiro mandato comanda uma gigantesca frente, manda e desmanda, e não
depende de ninguém.
Agora,
ser apontado como melhor alternativa para a Presidência da República,
seja qual for o bloco partidário, isso é quase o consenso e para chegar
lá, o governador vai precisar de muita gente, de muito talento e muito
sorte, além de uma imagem pública muito bem elaborada.
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